segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Que sensação estranha!

Pela primeira vez, não estou em êxtase com uma vitória do Palmeiras num clássico.

 

Meu ânimo havia se reduzido a zero, nesta última Quarta de Cinzas. Muito menos pela goleada sofrida em casa diante do Azulão do que pela sacanagem feita pela diretoria contra o Muricy.

 

Eu tenho as minhas convicções. Acredito que não se deve demitir um técnico devido a maus resultados. A contratação de um técnico faz parte do planejamento que a direção realiza a cada período. E a avaliação do trabalho do técnico deve ocorrer ao final do período (lê-se, contrato). Para constatar que Muricy havia fracassado no comando do Palmeiras, apenas ao final deste ano, confrontando os resultados obtidos com os resultados que eram esperados. Se no meio do caminho se percebe que o técnico não serve, me desculpa meu amigo, então todo o planejamento está errado.

 

E mais, no caso do Muricy, como considerá-lo como imprestável, se ainda faltam jogadores para o elenco? Não temos atacantes. Se ainda não há os atacantes, a culpa é de quem? Do Muricy? Que eu saiba, ele não é manager do Palmeiras, é apenas o comandante técnico. O manager é o Cipullo, o general-de-campo designado pelo Presidente Belluzzo para conduzir o Palmeiras nas batalhas da temporada.

 

Quem tinha que cair era o Cipullo! Ou então, que nada se mudasse! Oras, se ainda faltam jogadores, e está difícil, de fato, contratar bons jogadores, se deveria ter paciência e persistir no caminho definido desde o início. É preciso seguir o planejamento. Demitir técnico por causa de uma goleada ou outra é coisa de amador. Essas são as minhas convicções.

 

Eu não tenho nada contra o Antônio Carlos. Um zagueiraço. Ganhou muitos títulos no Palmeiras. Só tenho contra ele aquela acusação de racismo, quando ele estava no Juventude. Como posso torcer para um técnico racista?

 

Será que é por isso que eu não me sinto feliz hoje? Ou será que é por que a vitória de ontem é a vitória daquilo que eu não queria que sobreviesse no time que eu amo? Eu não queria que Muricy caísse, muito menos que a coisa se desse como se deu.

 

Ou será tudo isso e o fato da vitória não ter sido contra o Corinthians, o maior rival, que é impossível de não se comover quando derrotado?

 

Que sensação estranha, muito estranha, ainda não consigo entender o que está se passando comigo...

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Por enquanto, ficarei um pouco afastado

Meus amigos, a verdade, a mais pura verdade, é que eu estou desanimado.
Ainda não me aqueci do balde de água gelada despejado em minha cabeça,
quando o Palmeiras perdeu o título de Campeão Brasileiro de 2009.

Não tenho vontade de escrever nada. Nem para ralhar com a diretoria, que
ainda não trouxe os jogadores de que precisamos, nem para maldizer até a
sétima geração de Vágner Love, por ter abandonado o nosso time - o nosso
time que o fez ser o que ele é. As agressões que aqueles vândalos fizeram na
agência bancária apenas foram o álibi perfeito. Vágner Love não ficaria de
jeito nenhum. Ele já queria ir para o Flamengo. E o Palmeiras não se
qualificou para a Libertadores. Então ficou tudo fácil.

Ano passado eu não deixei de assistir a nenhum jogo que pude assistir.
Cheguei a desmarcar, ou deixar de marcar, compromissos que coincidiam com o
horário dos jogos do Verdão. Este ano, já não estou me permitindo investir
tanta emoção. Assisto aos jogos quando eu estou em casa. Ir ao estádio? De
jeito nenhum. Ainda estou ressentido. Ainda estou traumatizado. Talvez
precise de uma terapia.

Por enquanto, ficarei um pouco afastado de você, meu Verdão.