sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Uns mergulhinhos superficiais

Devido à escassez do recurso mais caro do planeta – tempo – não poderei ser nem pouco profundo agora. Só poderei mergulhar bem superficialmente, nem 1 metro abaixo...

 

Começo pela derrota para a LDU, lá em Quito. Jogamos contra o atual campeão da Libertadores, na casa deles, logo, a derrota não foi um resultado do outro mundo. Se fosse já um mata-mata, estaríamos mais vivos do que nunca. Derrota por um gol de diferença, além de ter marcado dois na casa do adversário. E outra, não poderia haver outro momento melhor para perder a invencibilidade. Porque uma hora a derrota aconteceria. Melhor ter perdido aqui do que lá num jogo de fase decisiva – tanto na Libertadores como no Paulistão.

 

E ainda falando sobre a derrota, sobre o segundo gol equatoriano, eu também acho que houve uma falha de comunicação entre os nossos dois pentacampeões. Tanto Edmílson poderia dar um bico para escanteio, como São Marcos poderia ter chegado com mais firmeza naquela bola. Mas todos estão sujeitos a erros, inclusive os heróis. E em se tratando mais especificamente de São Marcos, um ídolo nosso que desperta a inveja de muita gente que está sempre pronta esperando um vacilo para criticá-lo, ele tem muito – mas muito – crédito. Essa falha não vai mudar uma vírgula da história que esse rapaz tem escrito nas páginas do Palmeiras. Portanto, a respeito de tudo que tem sido dito contra Marcos, algumas coisas, pasmem!, de próprios palmeirenses, tudo é exagero e fruto de ignorância ou má fé. E digo mais: pior seria se fosse o jovem Bruno a falhar!

 

Quanto à proposta do Liverpool pelo Keirrison, pelo amor de Deus! Como declarou nosso gerente Toninho Cecílio, a janela de transferências para a Europa já se fechou, não tem lógica, agora, quase seis meses antes de abrir a próxima janela, algum clube de fora abrir negociações por algum jogador daqui. Tanta coisa pode acontecer em seis meses! Para mim, essa proposta é falsa. Trata-se de boato, plantado com o objetivo de desestabilizar a cabeça do jovem artilheiro palmeirense. Sei que há muito mais, entre os fatos e as versões publicadas pela mídia, que a minha vã filosofia pode vislumbrar. Mas há muito que percebo uma força invisível, influente nos bastidores das redações, que age, sempre que possível, contra o Palmeiras. Responda as perguntas quais são as maiores torcidas do Brasil e quem são os donos dos principais veículos de mídia, que você terá uma boa visão da minha visão a respeito da relação mídia-futebol.  Mais uma Teoria da Conspiração? Mais um exercício fantasioso de um torcedor apaixonado pelo seu time que está cansado de vê-lo apanhando na boca desses "jornalistecos"? Talvez. Só que futebol não é um negócio que movimenta ninharias, e por dinheiro e poder os homens são capazes de das piores atrocidades. E por isso, o que é praticar alguns desviozinhos éticos, algumas mentirinhas ou notinhas de má fé nas entrelinhas das notícias?

 

Para terminar, sábado tem a Lusinha. Não dá para fugir do lugar-comum. Trata-se de um clássico. O Palmeiras perder para a Portuguesa não é o fim do mundo. Mas não creio que isso vá acontecer. Minha aposta é numa vitória palestrina. E numa bela vitória.

 

E para terminar de verdade agora, deixo uma frase escrita há quase trezentos anos, pelo político e pensador americano James Madison para a nossa reflexão: "Se os homens fossem anjos, não seria necessário um governo".

 

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Contratação de Marcão: Verdão mesclando experiência com juventude buscando o equilíbrio do elenco

Palmeiras contratou Marcão, ex-Internacional-RS. Lateral-esquerdo de origem, que também atua na zaga. Marcão, ou Marcos Alberto Skavinski, é natural de Curitiba-PR e completa em março 34 anos. Seu novo contrato com a S. E. Palmeiras é de dois anos, ou seja, completará o contrato com 36 anos.

 

Um contrato de dois anos para um jogador tão velho? Pode ser que essa seja a pergunta feita por quem estaria estranhando tal fato. O que acho justo, uma vez que a diretoria palmeirense não tem tido esse costume nos últimos anos. Com exceção do ídolo São Marcos, qual jogador experiente que o Palmeiras ofereceu tão duradouro contrato? Geralmente, os contratos longos, com duração maior que dois anos, são para as jovens promessas, para os jogadores que podem gerar dividendos, em caso de transferência durante a vigência do mesmo. Pois é, por que um contrato tão longo para um jogador que não vai trazer lucro nenhum aos cofres do clube?

 

É elementar, meu caro, apesar de estranho! É consenso que qualquer equipe, para manter a produtividade por um período prolongado de tempo, por exemplo, três anos, que em se tratando de futebol é muito tempo, precisa manter em seu elenco uma base de jogadores em posições chaves. É inevitável que as transferências de jogadores ocorram. Muitas vezes, as transferências são preferíveis, pois como disse acima, elas são uma das fontes de renda do futebol. Considerando esse contexto, o que fazer, então, para atingir o objetivo de manter a maior parte do elenco o maior tempo possível?

 

A resposta é o que o Palmeiras vem fazendo. Vez fazendo, porque o Marcão não foi o primeiro jogador experiente (notem que agora troquei o "velho") que o Palmeiras contratou este ano. Não nos esquecemos do Edmílson, que tem 32 anos, e que também assinou por dois anos. Para mim, está bem claro que esse é o intuito da diretoria. Oferecer longos contratos com salários razoáveis, ao invés de curtos contratos com vencimentos mensais exorbitantes, a jogadores experientes, que ainda têm algo a oferecer, mas que, por sua vez, não tenham expectativas de se transferir para o exterior, uma vez que já não têm mercado e nem necessidade de se aventurar por qualquer país no estrangeiro para fazer poupança. Contratos assim são muito mais atraentes a esses jogadores, pois dão a eles o status de jogar numa grande equipe, estabilidade financeira e qualidade de vida aos seus familiares. Com tal instrumento, a diretoria conseguiria manter uma base no elenco mais facilmente, e evitaria oscilações na produtividade, muito suscetíveis com as inevitáveis transferências que ocorrem a cada janela aberta no mercado europeu ou asiático.

 

A contratação do Edmílson é incontestável. Trata-se de um pentacampeão do mundo, jogador com talento, experiência e espírito de liderança, e que já está agregando valores ao time. Quanto ao Marcão, penso que é um jogador com menores predicados, se comparado ao Edmílson. Mas é um jogador com relevante experiência, campeão da Sul-Americana no ano passado, oriundo de outro grande clube do futebol brasileiro, e com boa rodagem na carreira. Além disso, é um jogador que oferece alguma versatilidade, pois atua tanto na lateral-esquerda como na zaga. No esquema 3-5-2 que Luxa tem aplicado ultimamente, Marcão poderia jogar ali atrás, na zaga pelo lado esquerdo. E se o Luxa variar para o 4-4-2, Marcão pode cair para a lateral-esquerda. Não sei se Marcão seria um titular absoluto, mas tenho certeza que será muito útil ao longo das três competições que o Palmeiras disputará este ano.

 

Considerando os objetivos que eu discorri aqui, gostaria de apoiar a nova postura da diretoria. Edmílson já está provando que a diretoria acertou com sua contratação, e também acredito que Marcão mostrará por que veio, assim como acredito que outras contratações deste tipo acontecerão. Eu tenho uma sugestão, que mataria dois coelhos com uma cajadada só, que serviria para agregar experiência ao elenco e para manter um ídolo no clube. Oferecer um novo contrato a Pierre. Sim, Pierre! Ele não é tão velho, mas é praticamente um ídolo dos torcedores. E, além dos jogadores experientes, um clube grande como o Palmeiras precisa ter ídolos.

 

Sobre isso, a importância dos ídolos, discorrerei futuramente. Por ora, deixo essa "dica" para a diretoria.

 

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Mea culpa

Tempo é um recurso escasso. Para mim, nos últimos dias, tem sido mais ainda.

 

Por isso não conseguirei publicar um texto decente, como eu gostaria, desta vez. O Verdão jogou contra o Mirassol no meio de semana, teve a estreia do Marquinhos, tem o mistão que vai encarar o Paulista no sábado, tem a primeira partida da fase de grupos da Libertadores na semana que vem, e sobre nada disso eu conseguirei discorrer agora.

 

Fora isso, há uma série de projetos para o blog que tenho na mente, que anseio muito pôr no papel. São algumas opiniões e propostas que tenho sobre o futebol e para o bem do Palmeiras.

 

Tenho este blog como um projeto particular, a síntese de duas paixões da minha vida: o Palmeiras e escrever. Fico chateado por não conseguir me dedicar a ele como eu gostaria.

 

Por isso, pediria um pouco de compreensão daqueles que, por ventura, vêm aqui acompanhar o desenrolar deste meu projeto. Mas prometo que as coisas melhorarão por aqui no futuro.

 

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Santos: primeiro teste do Verdão 2009

Domingo será o primeiro teste-de-mesa, como dizemos na informática, do Verdão modelo 2009. Enfrentaremos o Santos, na nossa casa, o Palestra Itália. Um clássico.

 

Até agora, o Verdão só enfrentou times ruins ou sem tradição. Quem considerou o Real Potosí uma pedreira, percebeu como se equivocou redondamente... Como eu previa, passamos o carro nos bolivianos aqui e ainda encaixotamos mais dois lá em Potosí, na temida altitude... E no Paulistão, os adversários não chegaram a fazer frente ao Alviverde Imponente. Talvez o Santo André tenha sido um osso durinho, mas que foi roído sem traumas. Ademais, o jogo contra os andreenses foi o primeiro da competição, com nosso Verdão recém-saído da pré-temporada. Agora sim, pegaremos o Santos. Teremos um bom jogo, um belo desafio, para tentarmos vislumbrar como o Palmeiras se comportará nesta temporada.

 

Segundo pululou pelos portais, o Verdão vai com time titular. E Marquinhos pode estrear, pois foi relacionado para o clássico. Outro evento significativo que pode acontecer neste jogo é o Palmeiras escalado numa formação diferente do 3-5-2 usado desde o início de 2009. Luxemburgo pode entrar com o time no 4-4-2, com a zaga formada por Edmílson e Danilo, uma vez que Maurício Ramos está suspenso pelo terceiro cartão amarelo levado contra a Ponte Preta. Assim, Jumar entra no meio e Diego Souza fica mais adiantado. Pode ser que Luxa mande o Palmeiras assim contra o Santos, o 4-4-2 é sua formação preferia, e o time com Edmílson deixa nosso técnico com mais segurança em escalar a zaga com dois jogadores. Porém, eu manteria o 3-5-2. Explico-me. A nossa razão de existência para este semestre é a Libertadores. Os jogos que faremos pelo Paulistão servem para entrosar a equipe. Por isso, acho que Luxemburgo deveria manter o esquema utilizado desde o início. Outro argumento forte é a fragilidade dos nossos alas na marcação. Capixaba e Armero têm se saído melhor no apoio ao ataque, não na marcação. Num 4-4-2, eles teriam que prestar muito mais atenção à defesa e apoiar o ataque menos do que têm apoiado.

 

Veremos no domingo como o comandante do nosso esquadrão resolverá o dilema. Eu aposto num bom jogo e numa boa apresentação do Palmeiras. Confio na nossa vitória. O Santos ainda está claudicante, tem conseguido vencer alguns jogos, mas não tem convencido. Porém, como clássico é clássico, um empate, até mesmo uma derrota, pode acontecer. E não seria nenhuma surpresa, nem nada desesperador.

 

Flávio Prado

 

Acompanhei o desenrolar do mal-estar provocado pelo referido jornalista com comentários irônicos e infelizes a respeito do esquema de translado que a direção palmeirense adotou para transportar o elenco do hotel para o estádio do Real Potosí. Achei a resposta da diretoria dada à altura. E lamento a atitude de Flávio Prado. Só não lamento não mais prestar audiência aos programas deste profissional, coisa que não faço há um bom punhado de meses. E agora que não volto mais mesmo.

 

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Primeiras impressões do Verdão de 2009

Por falta de tempo, ainda não comentei sobre o jogo contra o Potosí, realizado na última quinta-feira. Porém, devido a eu ter assistido à partida lá no Palestra Itália ao vivo, faço mister de tecer os comentários a seguir.

 

Ninguém ignora que assistir a uma partida no estádio permite uma visão do jogo mais abrangente do que assistir pela tevê. Ouvir pelo rádio, então, nem se comenta, é a escuridão total, não é possível ter noção nenhuma sobre como os times estão se comportando, apesar do esforço descomunal que radialistas e comentaristas fazem para nos dar essa noção. Até o jogo de quinta, eu só tinha acompanhado os jogos do Palmeiras pelo rádio. Minha curiosidade sobre a forma de jogar do Palmeiras de 2009 já tinha passado para a ansiedade.

 

Ressalvando que o Real Potosí, equipe desfalcada de seu principal jogador, ou jogadora – a altitude de mais de 4000 metros – não é um bom parâmetro, posso dizer que fiquei impressionado com o jogo do Palmeiras de 2009. Conforme, já dito por Luxemburgo e alardeado pelos comentaristas de plantão, o time está realmente muito mais rápido que o do ano passado. Cleiton Xavier e Willians, mais Pierre na cabeça-de-área, deram muito mais poder de fogo ao sistema de marcação do Verdão. Diego Souza, que não prima pela velocidade, complementa a marcação, pois é um jogador forte e que também dá o combate quando o time adversário está com a bola. Creio que aí está o segredo pela invulnerabilidade da defesa, que até aquela partida ainda não havia sido vazada. Contudo, é óbvio que uma hora o time seria vazado, como foi pelo Potosí, mas o gol boliviano surgiu de uma bola parada e de uma falha do sistema defensivo. Após a cobrança de falta pelo flanco, no rebote do chuveirinho, deixaram a bola sobrar pra um atacante boliviano livre, que, à queima-roupa, varou a nossa Santa Muralha.

 

Mas foi com o sistema ofensivo que meus olhos brilharam mais intensos. Devido ao poder de marcação estar mais fortalecido, os contra-ataques estão muito mais incisivos. Ora com Willians caindo pela direita e Diego Souza pela esquerda, ora vice-versa, e sempre com o apoio dos alas, o Palmeiras tem chegado na área adversária com extrema facilidade. O primeiro gol nosso foi logo aos 3 minutos, desta maneira que eu relatei, com Willians chegando ao fundo pela esquerda, combinando passes com o ala-esquerda Pablo Armero, e cruzando rasteiro para o centro para Keirrison só empurrar para dentro. Foi desta maneira que, além da jogada do gol, o Verdão agrediu a defesa adversária. Completando o repertório, quando a defesa boliviana conseguia travar as investidas pelos flancos, tem os tiros de fora da área, tendo por principal artilheiro o Cleiton Xavier, que chuta muito bem e fez um golaço, o quarto palmeirense.

 

Para finalizar, ficou demonstrado que as contratações de Keirrison e Edmílson foram providenciais. O faro de gol, a habilidade e a velocidade do primeiro são evidentes, não tenho dúvidas de que o jogador fará muito sucesso com o manto alviverde, não me surpreenderei se este garoto estiver no elenco da Seleção da próxima Copa. Já a experiência, a liderança e visão de jogo de Edmílson já provaram para mim que este jogador será fundamental para os nossos planos de conquista da América. Como disse o Luxemburgo, o Edmílson está com fome de bola. Ele quer ganhar títulos e quer voltar à Seleção Brasileira. E eu pude ver isso com meus próprios olhos.

 

Em resumo: minhas expectativas se superaram. Confesso que estava um pouco desanimado, uma vez que o time havia sido reformulado, e poderia levar muito mais tempo para o time voltar a jogar de maneira excelente. Pude constatar que isso levará muito menos tempo do que o que eu imaginava. Será inevitável que durante o decorrer do Paulistão, o Palmeiras largue mão da competição para priorizar a Libertadores. Se o Palmeiras passar para a próxima fase da competição estadual, os mata-matas decisivos acontecerão praticamente junto com partidas importantes – aliás, que partida da Libertadores não é importante? – da fase de grupos da Libertadores. A exceção do Verdão já estar classificado para a fase final da competição continental, será com equipe mista que o Palmeiras encarará os jogos decisivos do Paulistão. Ou seja, não aposto no bi-campeonato. Mas não me surpreenderia se ele vier.

 

Sobre os protestos da Mancha Alviverde

 

Vi uma bela festa, protagonizada pela Mancha, nas arquibancadas, neste jogo contra o Potosí. Fizeram bonita coreografia com balões, fazendo alusão à bandeira italiana. Gritaram, cantaram, incentivaram o time do início ao fim. Foi impressionante. Como impressionante é essa birra sem sentido contra a Traffic. Pergunto novamente: fora Traffic para quê? Para vir o "bom e barato" mustafaniano?