sexta-feira, dezembro 26, 2008

Ave Belluzzo!

E as eleições para a Presidência do Palmeiras foram marcadas para daqui a um mês. A situação ainda não tem um nome definido. Della Monica ainda não indicou o seu candidato. Mas o Professor Luiz Gonzaga Belluzzo pode sair candidato, o que seria, de fato, um belo presente de Natal. Um presente, arrisco a dizer, maior do que seria a permanência de Kléber no Verdão. Kléber, em mais dois anos com a camisa palestrina, nos ajudaria a conquistar títulos. Belluzzo, em dois anos à frente do clube, ajudaria o Palmeiras a se modernizar melhor e a se tornar um gigante muito maior do que já é.

 

O Professor Belluzzo é um intelectual renomado, detentor de uma carreira brilhante e um currículo consolidado. É um palmeirense despojado dessas vaidades tão comuns nos bastidores político dos clubes, e de outras ambições, senão a de fazer o bem ao Palmeiras. Eu tenho fé em Belluzzo e creio que ele seria o nome ideal para conduzir o clube no próximo mandato. A Arena Palestra e a parceria com a Traffic são movimentos importantes que o Palmeiras tem realizado neste ano que está acabando. A manutenção destes projetos é crucial para a concretização de um Palmeiras invencível para as próximas décadas. Uma volta da oposição, principalmente de alguém ligado a Mustafá Contursi, poderia interromper ou reverter esse processo e nos fazer voltar ao marasmo que foi a vida palestrina desde que a parceria com a Parmalat terminara, em 2000.

 

Que Belluzzo seja eleito, então!

 

Mudança nas eleições já!

No texto intitulado "Riscos para o 2009 alviverde", eu discorri sobre a importância da política no clube para o futuro e o possível sucesso ou fracasso do time de futebol. No Palmeiras não é diferente. Em janeiro ocorrerão as eleições para presidência do clube, que podem marcar, para o bem ou para o mal, a sorte do Verdão em 2009.

 

Eleições remetem a democracia, e democracia é algo que eu considero perfeitamente salutar. Porém, o que considero totalmente prejudicial para um clube brasileiro é que essas eleições ocorram justamente em janeiro, mês em que o planejamento para a temporada já tem que estar definido. Já pensou o que será do time de futebol em 2009 se a oposição vencer as eleições? Vejam, numa eleição, a alternância no poder é prevista – e desejada, eu diria – logo, a oposição pode ganhar e querer mudar, legitimamente, tudo o que foi planejado e feito até então. Se isso vier a acontecer, será péssimo para nossas pretensões de conquistar a América e o mundo no ano que vem, pois estaríamos começando o planejamento a partir da posse do novo presidente, e tudo o que foi feito até então, iria por água abaixo.

 

Para que isso não seja possível de ocorrer, para que as mudanças no corpo diretivo do clube aconteçam de maneira que o time de futebol não seja prejudicado, as eleições devem ser realizadas, no máximo, no mês de novembro. Neste cenário, se a oposição vier a ganhar, ela terá um mês, antes do fim do ano, para ir tocando a transição política e pensando a temporada seguinte do time de futebol. Assim, a continuidade dos projetos futebolíticos do clube não sofreria nenhum cataclismo, e a democracia aconteceria de modo a beneficiar a todas as facções que ambicionam o poder.

 

Portanto, não há nenhum argumento racional que possa impedir uma mudança estatutária para alterar a data das eleições presidenciais no Palmeiras. Que o próximo mandatário alviverde não perca essa oportunidade de retirar esse entrave nas ambições de todos os palmeirenses de sermos campeões. Afinal, foi para isso que nascemos!

 

quarta-feira, dezembro 17, 2008

O presente de Natal que esperamos

Os últimos dias não foram de notícias boas para o Palmeiras. Uma, porque o Verdão não ficou tão exposto na mídia assim, por causa da chegada do Fenômeno ao nosso arqui-rival, que monopolizou os noticiários a ponto de ofuscar o hexa são-paulino. Aliás, eu tenho achado ótimo a mídia não dar muita atenção ao Palmeiras porque, no geral, quando dá é para espinafrar o nosso time. Tenho estado cada vez mais desconfiado dessa mídia e desses comentaristas que fazem questão de defender apenas os próprios interesses, em detrimento do exercício da ética e do bom jornalismo. O negócio é a audiência! O negócio é o negócio, seu estúpido!

 

Outra, porque do que saiu por aí sobre o Palestra foi só saída de uns jogadores e possíveis saídas de outros para os rivais. Élder Granja, Martinez, Roque Júnior, Leandro, Denílson e Lenny já estão fora. Gladstone, Jéci, Léo Lima, Jorge Preá e Thiago Cunha devem sair nos próximos dias. Além de o Alex Mineiro poder ir parar na baixada santista e o Kleber no Parque São Jorge. Dos jogadores citados, farão falta Martinez e Leandro. E se a diretoria vacilar, a saída de Alex Mineiro será muito sentida. Agora, se a diretoria deixar o Kleber escapar, ainda mais se acontecer de perde-lo para o rival... Não quero nem pensar!

 

Mas graças a Deus, uma boa notícia. Uma boa proposta está para ser enviada ao Dínamo de Kiev, time de Kleber, para contrata-lo em definitivo. Um contrato de quatro anos.

 

Oxalá consigam, oxalá consigam! Seria um belo presente de Natal para a coletividade palestrina.

 

terça-feira, dezembro 09, 2008

Escutem São Marcos!

"O Palmeiras precisa de mais líderes. Não pode ser só o goleiro. Com mais jogadores experientes podemos mudar a nossa postura durante as partidas. Temos de jogar sempre para ganhar. Precisamos de um time mais competitivo para 2009. Não dá para disputar a Libertadores pensando em rendas e dinheiro. Temos de lutar pelo título.", assim disse São Marcos.

 

E eu assino embaixo. Além de Marcos ser um ídolo da torcida, ele é, hoje, o palmeirense que mais entende de Palmeiras. Foram sábias e certeiras palavras: o Palmeiras não tem outro líder em campo, somente Marcos. Diretoria, escutou o nosso santo? Então vamos trabalhar! Que venham os líderes!

 

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Olha aí o primeiro dia de 2009!

Olha aí o que Dr. Cipullo, vice-presidente de futebol, disse sobre os reforços para 2009. Como eu acabara de dizer, o primeiro dia de 2009 para o Verdão é hoje!

 

Os bons jogadores, conforme se viu neste ano, Cleiton Xavier (Figueirense) e Marquinhos (Vitória), já estão prometidos para o Palmeiras ano que vem. Além deles, especulam-se mais dois nomes, que jogaram a Série A.

 

Um deles poderia ser o Vítor (Goiás) para o lugar de Élder Granja, na lateral-direita. Trata-se de um jogador experiente, conforme o perfil levantado por Luxemburgo, numa de suas aparições a esses programas esportivos dominicais, em que disse que o clube precisa manter no elenco jogadores com técnica e experientes, porém, sem perspectiva de sair para o exterior no curto prazo. No que eu concordo. Além disso, Vítor fez uma excelente temporada pelo Goiás, será bem-vindo à nossa Academia!

 

Outros nomes ventilados são o de Rosinei (Internacional e ex-Corinthians), jogador técnico, mas que ainda não estourou para valer; Lúcio Flávio (Botafogo), também muito técnico e um dos principais nomes do alvinegro de General Severiano; e Danilo, zagueiro do Atlético-PR, que viria para fortalecer nossa zaga, tão frágil, como verificado neste Brasileirão. Creio que todos eles seriam bons nomes e que poderiam nos ajudar em 2009.

 

Contudo, reforços mesmo serão se o Palmeiras mantiver Kléber e Leandro, já que Martinez não continua, e se trouxer Keirrison, atual artilheiro do campeonato. Com eles, aí sim, segurem o Verdão!

 

Hoje: o primeiro dia de 2009 para o Palmeiras

Não assisti ao jogo de ontem. Não passou em lugar nenhum. A não ser no pay-per-view. Também não fui ao Palestra Itália. Desanimado, não me entusiasmei com a idéia de ir ao estádio torcer pela classificação do Verdão, como fiz uma vez em 2005, quando precisávamos bater o Fluminense, também na última rodada. Este time não está empolgante, e não tem merecido que eu gaste um dinheiro que eu não tenho para prestigiá-lo ao vivo e a cores. Fiquei em casa mesmo, sendo obrigado a assistir ao jogo do São Paulo e a torcer por alguma "bolinha" palmeirense pululando na tela. Bolinha que não aconteceu.

 

Bom, como não vi o jogo – vi, depois, uns melhores momentos – não irei opinar muito. Pareceu-me que o Palmeiras jogou melhor, perdeu muitos gols. Mas levou um, e se não fosse o vexame flamenguista diante do Atlético-PR, estaríamos fora da Libertadores de 2009. E isso é o que importa.

 

E o que importa é que hoje é o primeiro dia do planejamento para a temporada de 2009. Estarei atento a estes movimentos. Apesar de ser um período um tanto entediante, o da pré-temporada, eu acho fundamental. É agora que um campeonato pode ser decidido. Por exemplo, se o setor da zaga tivesse sido priorizado no planejamento para 2008, talvez fôssemos nós os campeões brasileiros, e não os são-paulinos. Erros para que não sejam mais repetidos.

 

Porém, a primeira notícia que leio a respeito de 2009 já não considero boa. Martinez ligou para o Luxemburgo dizendo que não jogará mais no Palmeiras. Não se sabe ainda para onde ele vai. Talvez o Corinthians (lamentável), talvez a Europa. O certo é que fará falta.

 

Por fim, estarei atento ao desenrolar político do clube. Como mencionei em artigo anterior, uma mudança na direção alviverde pode ser crucial para determinar o nosso fracasso no ano que vem. Não devemos nos esquecer que já em janeiro tem a fase preliminar da Libertadores, mesmo o nosso adversário sendo da fraquíssima Bolívia, o segredo para se ganhar a Libertadores é não subestimar ninguém!

 

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Riscos para o 2009 alviverde

Muitos não gostam, mas a política no clube é crucial para a direção dos rumos de um time de futebol. Muitos não gostam, porque não a entendem, acham política - qualquer política - uma coisa enfadonha, acham que políticos são todos iguais, o que é compreensível. Realmente, entender política não é simples. A correlação de forças em qualquer instituição depende de uma série de fatores, tais como as facções que compõe a instituição, seus objetivos, como elas se relacionam, quais as regras que determinam como essas facções devem se relacionar, as regras em que se dá o jogo político. Percebam, por essa salada de fatores que acabei de enumerar, que entender política não é simples mesmo. E se muitos não se interessam pela política nossa de todo dia, que dirá da política do clube. Mas como eu dizia, a política no clube é crucial para o futuro do time de futebol. E de futebol, muita gente gosta.

 

Quase passou despercebida a notícia de que dois conselheiros da oposição, contra um da situação, foram eleitos como vitalícios do Conselho Deliberativo do Palmeiras, no última dia 1o. Não acredito que esse tropeço da situação palmeirense seja tão decisivo para a eleição que ocorrerá dia 13 agora, quando uma assembléia de sócios acontecerá para definir se o mandato de Della Monica se prorrogará, via alteração estatutária. Caso a alteração não se confirme, uma eleição será marcada para janeiro para decidir quem será o próximo presidente palmeirense.

 

Pois bem, se acontecer do mandato de Della Monica não ser prorrogado e acontecer da oposição levar as eleições que seriam marcadas por conta deste cenário, arrisco a dizer que o nosso ano de 2009 estará seriamente comprometido. Eu apoio a atual direção porque nela está o Professor Luiz Antônio Gonzaga Belluzzo, homem em que eu acredito querer o bem para o Palmeiras. E eu desaprovo a oposição porque nela está Mustafá Contursi, homem que manchou a história do Palmeiras com uma política totalmente equivocada, míope com relação a planejamento e visão de futuro, e que nos levou à vergonhosa queda à Série B, naquele fatídico 2002. Eis aí, para mim, os motivos para eu não querer que a oposição volte ao poder.

 

Contudo, reconheço que ignoro muita coisa a respeito da política palmeirense. Acredito que qualquer instituição deva possuir mecanismos democráticos para escolha de seus líderes. Acredito que esses líderes devam ser alterados periodicamente, a permanência no poder por tempo demasiado é nociva. Porém, com relação aos clubes, e mais especificamente ao Palmeiras, me espanta a ferocidade com que os grupos de opõe pelo poder político. Freqüentemente ouço que grupo A torce para que o time perca, para que o grupo B se enfraqueça para as próximas eleições. O que será que faria um indivíduo torcer contra a coletividade a qual pertence? O Palmeiras não deveria estar acima de tudo? Meramente por ambições políticas, alguém quereria o pior para o seu time? Ou há mais intere$$e$, ocultos a nós reles torcedores mortais? São questões que freqüentemente me faço, na tentativa de entender porque tentam sabotar o projeto que está sendo implementado no Palmeiras.

 

Essas minhas desconfianças repousam no argumento de que viradas constantes na direção política do clube não permitiriam que projeto nenhum seja implementado e concluído. Com a oposição de volta, a direção técnica pode ser mudada, os investimentos podem escassear, não haveria tempo para um novo planejamento e a captação de novos investimentos, e os nossos sonhos de conquista da América e do mundo para 2009 podem ir para lixeira. Será que os palmeirenses da oposição não percebem isso? Será que, ao invés de buscar o poder pelo poder, não seria mais importante para o Palmeiras, enquanto a atual situação legitimamente trabalha, que os opositores busquem melhorar as regras do clube, de forma que as trocas de direção aconteçam sempre, mas que nunca prejudiquem os projetos, que devem todos ter o objetivo de fazer o nosso alviverde inteiro cada vez mais grande?

 

segunda-feira, dezembro 01, 2008

A badalada rodada

Assisti ao jogo ontem. Sem empolgação. Nem fiz a minha figuinha da vitória, com a mão direita. Nem quando o Kléber, por duas vezes, com um tirambaço, quase marcando um golaço, eu deixei o estado blasé. O jogo foi muito bom, não mereceu os zeros no placar. Eu é que estava ruim mesmo.

 

Na verdade, na verdade, eu esperava a derrota. Sim, seria melhor que o time perdesse, do que continuar a escutar a baboseira de que o Marquinhos afinara, para não prejudicar o futuro time. Na verdade, na verdade, eu esperava as vitórias flamenguista e cruzeirense, esperava o Palmeiras fora do G-4, e o hexa são-paulino. Claro, porque foi a semana inteira isso: o São Paulo já é campeão, o juiz prejudicou o Flamengo, o Marquinhos vai amarelar para favorecer o Palmeiras. Tanto nhé-nhé-nhém, que me saturei. Liguei o botão blasé e assisti ao jogo por obrigação – claro, Palmeiras x Vitória só passou na tv a cabo, que já está paga, senão me acabo.

 

Mas não aconteceu nada disso. A vaga para a Libertadores está mais próxima do que no ano passado. Sim, porque Luxemburgo não é o Caio Jr., como bem os flamenguistas estão sentindo. Não acredito que o Palmeiras, desta vez, vá perder para o desanimado Botafogo. Desta vez, não haverá mala branca (argh!, não consigo não a citar assim) que bote fogo. Desta vez, as estatísticas se confirmarão e venceremos os cariocas no Palestra. 2009, segura o Verdão! Eu gosto dos anos terminados em 9, ah, como gosto!

 

E além disso, o hexa são-paulino pode não vir! O Goiás demonstrou muita força, ontem, no Maracanã, contra o badalado Flamengo. A badalada eficiência são-paulina pode estar em risco. E como eu torço para que ela se risque! Estou louco de vontade de ver a cara desses caras da mídia, que vivem a badalar o São Paulo, caso o Grêmio leve o campeonato. Ah, como estou louco!

 

sábado, novembro 29, 2008

As indicações das nossas fraquezas

Marcos, Élder Granja, Leandro, Pierre, Diego Souza, Kléber, Alex Mineiro e Vanderlei Luxemburgo foram os palmeirenses indicados aos prêmios de melhores atletas do Brasileirão 2008. O Palmeiras foi o time que teve o maior número de indicados, oito no total. Pergunta: - Nossa, então o Verdão tá para ser campeão do campeonato? É, deveria, deveria.

O Kléber disse que as indicações são prova de que o grupo é forte, que o melhor futebol ainda não veio porque o time ainda está se encaixando, mas que, individualmente, o time tem boas peças. É, não é mentira, não é mentira. Mas eu diria que essas indicações demonstram, como nunca, que o Palmeiras não teria chances nenhuma de conquista do título. A explicação virá, tão impávida como Muhammad Ali.

O próprio Marcos deu a dica numa das últimas entrevistas coletivas, como eu observei aqui. Ganha o Campeonato Brasileiro quem tem a melhor defesa. O Palmeiras ganhou a maioria dos jogos no Palestra Itália porque tem um time muito técnico, um ataque mordaz. Porém, perdeu muitos pontos fora de casa, porque não tem uma boa defesa, não soube agüentar a pressão do time mandante. Você viu algum zagueiro nosso nessa lista de indicados ao prêmio de melhor do Brasileiro?

Torço para que este campeonato nos sirva de lição. Já sabemos o que devemos fazer e, principalmente, aquilo que não devemos fazer, para conseguirmos os nossos objetivos em 2009.

Desguarnecer a nossa defesa é uma dessas coisas que não devem ser feitas!

quinta-feira, novembro 27, 2008

Coisas do futebol atual

Dois assuntos muito comentados nos últimos dias. A atuação de Marquinhos, hoje Vitória, amanhã Palmeiras, na próxima rodada. E as malas brancas do futebol.

 

Um clube, com interesse na derrota de algum rival, oferece incentivos financeiros ao próximo adversário deste rival para derrota-lo. Eis a mala branca. E parece que elas são useiras e vezeiras no futebol. Diversos depoimentos de jogadores pulularam na mídia, testemunhando sobre a veracidade da tal mala. Um exemplo foi o nosso Evandro, que disse que recebeu mala branca ano passado, quando esteve no Atlético-PR, para tirar pontos do Corinthians, que brigava para não cair com o Goiás. Eu torço meu nariz com relação ao assunto. Não me cai bem a idéia de algum profissional receber além do que ele já recebe para fazer aquilo que ele já deveria fazer. Ok, você pode comparar as malas brancas a um prêmio dado por objetivo, como quando uma empresa reparte o lucro aos funcionários quando as metas são atingidas. Mas aí, quem oferece o prêmio é o empregador, não um concorrente. Agora, o que me torce o nariz mesmo é a distinção mala branca x mala preta. Desculpem-me, mas isso é preconceito. A mala preta é a ruim, porque vem para o time perder. E a branca é a boa, porque vem para o time ganhar. Quem disse que preto é ruim? Por que não simplesmente dizer "dinheiro extra" ao invés de dizer "mala branca?" Já que a mala branca não é politicamente correta, que seja pelo menos na denominação.

 

E falando em politicamente correto, voltemos ao caso do Marquinhos. Amanhã, melhor dizendo, ano que vem, ele estará no Palmeiras. Ano que vem, o Palmeiras pretende estar na Libertadores. Para isso, precisa vencer o Vitória, time atual do Marquinhos. Uma maneira de se isentar desta situação é Marquinhos não entrar em campo nesta partida. Uma maneira covarde e antiprofissional, já que opta por fugir da responsabilidade e por descumprir aquilo para que ele foi contratado este ano – jogar futebol pelo Vitória. A outra maneira é entrar em campo e arrebentar com o jogo. Mesmo que isso custe o sucesso de seu próximo clube. Antes isso, do que dar argumentos aos críticos de que tenha feito corpo mole, de que ele não seja um bom profissional. Eu não queria estar na pele de Marquinhos, hoje.

 

Mentira! Eu adoraria estar em seu lugar. Jogar futebol como profissional era tudo o que eu queria na vida. E esta partida, eu jogaria como se fosse uma final, porque seria assim que eu jogaria todas as partidas da minha vida.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Cadê a ética da mídia?

Assim como o Luxa estava, eu também estou muito triste, e indignado. Com tudo o que tem assistido nas tevês, ouvido nos rádios, lido nos jornais e websites.

Mal Luxa disse que estava triste e poderia sair do Palmeiras, todo comentarista que vi nas tevês disse, com as mesmas letras: "O Luxemburgo vai sair do Palmeiras!". Não fizeram nenhum tipo de elucubração, nenhuma ponderação. Não consideraram que tem a multa rescisória, que não valeria a pena sucumbir à pressão de uma parte ínfima da torcida, nada, nada. Apenas repetiram o mantra. Apenas torceram.

Claro, Luxemburgo fora, significa um Palmeiras fraco em 2009. E isso eles não querem. Não querem porque o lance é bajular corintianos, são-paulinos e flamenguistas. Porque assim a audiência está garantida, e com ela, as verbas publicitárias.

E ontem, ainda por cima, tive que suportar nova investida do hipócrita do Juca Kfouri contra o Palmeiras. Para Juca, se o Marquinhos, jogador do Vitória e contratado pela Traffic para o ano que vem, não jogar bem e o Palmeiras se classificar para a Libertadores, é porque a Traffic, que é parceira do Palmeiras, influenciou no desempenho do atleta. E caso o Marquinhos jogar bem e o Palmeiras perder, é a ética que prevaleceu no futebol.

Nada mais hipócrita! Juca omite que qualquer clube pode fazer pré-contrato com qualquer jogador 6 meses antes do fim do seu contrato. Essa situação poderia acontecer com qualquer clube, não somente com os que tem parcerias – o Palmeiras. Quer ver o exemplo de hipocrisia? A mídia já ventilou que o Wagner Diniz, do Vasco, estaria já contratado pelo São Paulo. Alguém comentou sobre a ética, antes de São Paulo enfrentar o Vasco da Gama? Eu não li em lugar nenhum, você viu?

Fora que desde quando Luxemburgo voltou ao Palmeiras, esse jornalista persegue sistematicamente o Palmeiras. Vide o "furo" da ida de Valdívia para o São Paulo. A que se prestou isso, se não tumultuar o Palmeiras?

Já estou cansado desse tipo de jornalistas. Já estou cansado dessa velada, em algumas vezes escancarada, proteção a clubes como Corinthians, São Paulo e Flamengo. Tudo pela audiência. Cadê a ética nisso tudo?

segunda-feira, novembro 24, 2008

Na mosca!

São Marcos é São Marcos! Não só por todos os milagres que ele faz em campo, mas, principalmente, pelo que ele faz fora do campo. Pelo que ele é, por sua conduta como homem e profissional, pelo que pensa sobre futebol. Disse ele, na última entrevista coletiva, sexta-feira passada:

 

- "Os últimos campeões brasileiros não foram àqueles que marcaram mais gols, mas sim os que tiveram uma defesa fortalecida. Aprendemos muitas coisas esse ano. Além disso, também precisamos aprender a jogar fora como fazemos em casa. Não queríamos que fosse dessa maneira, o elenco ainda está em formação, mas isso serve como lição para a próxima temporada".

 

Acertou na mosca! Nossa defesa que ninguém passa deixou muita gente passar este ano, foi o nosso calcanhar de Aquiles. Luxemburgo, preste atenção no nosso santo! Arrume a defesa, traga jogadores com mais fibras e mantenha o Kleber e o Martinez que, no ano que vem, o nosso Verdão ganhará tudo e a nossa torcida que canta e vibra o colocará de volta ao pedestal!

 

Pedestal que somente nós, palmeirenses, podemos colocar! Ninguém mais!

Luxa fora, Palmeiras fraco

Ontem, na entrevista coletiva e no Mesa Redonda, da TV Gazeta, Vanderlei Luxemburgo disse com todas as letras que está triste e vai repensar se continua no Palmeiras em 2009.

 

Disse ele: - "Hoje estou triste porque minha história no clube é tão bonita, cheia de conquistas, e nunca imaginei que passaria por isto. Não merecia, meu coração está apertado. Trabalho com a mesma seriedade, mas o Luxemburgo que adora o Palmeiras está triste. Ao final do Brasileiro vou decidir o que fazer porque não estou tendo prazer de trabalhar". Concordo com ele, ele não merecia passar por isso. Apenas destoou um pouco a respeito de sua história no clube. Sim, é bonita. Mas não tanto assim. Tem 2002. Mas deixemos isso para lá. Por ora.

 

Por ora, quero falar que eu também estou muito triste. Menos pelo fim das chances de conquista do Brasileirão do que pelos últimos acontecimentos extracampo. Aqueles integrantes da Mancha Alviverde não poderiam ter ido ao aeroporto agredir o Luxemburgo. Luxemburgo não poderia ter trazido tanto jogador mediano para vestir a camisa alviverde. Luxemburgo, também, não poderia ter discutido tanto com Marcos – é que Marcos é um cara tão palmeirense, que logo se desculpou por tudo que foi criticado, contribuindo para amenizar um pouco o peso do clima que ronda o Palestra Itália – e não poderia ter sido tão arrogante ao longo do campeonato inteiro, como ele foi, não aceitando crítica nenhuma, julgando-se acima do bem e do mal. Oras, se assim não fosse, a que papel estaria prestando a nossa defesa que ninguém passa, se não contradizer a empáfia luxemburguiana? E o que me deixa mais triste: é ligar a tevê e ver, ligar o rádio e ouvir, abrir o jornal e ler, todo o santo dia, a mídia a endeusar o São Paulo – um capítulo a se discutir ainda o porquê – e massacrar o nosso Verdão, por todas as frentes possíveis. A última dessa mídia. Em uníssono, em todo o canal que eu botei ontem, os comentaristas disseram: - O Luxemburgo vai sair do Palmeiras!

 

Sim, foi o próprio Luxemburgo que o disse, quero dizer, que disse que pode sair. Mas esses comentaristas já dão como certo, torcem para que assim seja.

 

E por que torcem? Sabem por que, caros palestrinos? Porque com Luxa fora, Palmeiras fraco, em 2009. A verdade é essa: está ruim com o Luxa, será pior sem ele! Tirando Felipão e Muricy, não há nenhum outro técnico pelas bandas, que não o Luxemburgo, a altura de comandar o nosso esquadrão. Não temos mais tempo para fazer experimentos, como fez o Mustafá no período pós-Série B, com Estevam Soares ou Caio Jr. da vida. Pra comandar o Verdão tem que ser nome já consagrado. Somente assim poderemos competir com o São Paulo – o adversário a ser batido - no ano que vem. E, meus amigos, eles sabem disso. Tanto sabem que tanto batem no nosso técnico.

 

Sinceramente, a despeito de todas as críticas que tenho feito ao Luxemburgo, eu torço para que ele não desista do Palmeiras. Que ele, ao menos um pouquinho, desça um pouco do pedestal, arregace as mangas e mostre para toda essa gente que não quer ver o Verdão bem, que ele ainda é o melhor técnico do Brasil.

 

É o que eu desejo de todo o meu coração: ver todos eles rendendo-se ao nosso glorioso Palestra Itália. Ah, como desejo!

sexta-feira, novembro 21, 2008

Para o Palmeiras continuar forte em 2009

Eu acredito que hoje, mais do que nunca, para um time de futebol ter sucesso, é preciso ter um elenco forte. E um elenco forte pode ser traduzido por ter uma diversidade de jogadores técnicos com características diversas. Traduzindo: vários jogadores que sabem jogar em posições variadas. Como o Kléber, que joga enfiado na zaga e vem buscar o jogo fora da área. Como o Martinez, que joga no meio na marcação, na armação e até de zagueiro. Como o Wendel, que está emprestado ao Santos, que joga no meio, na marcação, e também sabe ser ala e lateral-direita.

 

Não sei bem por que motivo o Luxemburgo não vai com a lata do Wendel. Disse ele: "Se ele quiser ficar em definitivo no Santos, tudo bem, foi por isso que o emprestamos". Quem disse que ele quer ficar no Santos? Ele foi para lá porque não tinha opção, porque gosta do Palmeiras, além de ser um bom profissional. Ele não estava sendo aproveitado pelo Luxa, e foi para lá para continuar jogando e ser valorizado – ser valorizado para o Palmeiras! Eu acho que a diretoria tem que valorizar o Wendel. Tem que trazê-lo de volta e mandar ao Luxa que o mantenha no elenco. Vocês acham que o Wendel não poderia jogar no time atual, por exemplo, quando o Élder Granja esteve machucado? Vocês acham que Fabinho Capixaba é jogador à altura do Palmeiras? Eu não acho. Até agora ele não jogou o suficiente para merecer vestir o manto alviverde.

 

Quanto ao Martinez, está cada vez maior a possibilidade do dele ir parar no Parque São Jorge. Tanto que o nosso técnico disse a respeito: "Faz parte, ele (Martinez) está negociando, mas se quiser aceitar uma proposta melhor como a do Corinthians, não vou ficar chateado". Talvez o Luxa não vai ficar chateado, mas a torcida vai. Eu vou. O Martinez é um ótimo jogador, raro no futebol brasileiro, profissional, que irá fazer falta ao time se sair e que não pode – de jeito nenhum – reforçar o nosso arqui-rival. Diretoria, vamos nos mexer! Vale a pena ter o Martinez no time, vale a pena valorizá-lo, vale a pena cobrir qualquer proposta, principalmente as oriundas do Corinthians, para continuar a ter o futebol dele no Palmeiras!

 

Pelo menos com relação ao Kléber, parece que a diretoria está se mobilizando para tentar contratar o jogador em definitivo. Atacante como o Kléber é raro no Brasil hoje em dia. Será um excelente diferencial para o Palmeiras continuar a tê-lo para a próxima temporada. Além de ele já ter caído no gosto da torcida e estar habilitado a configurar a nossa galeria de ídolos. Mas para isso tem que continuar vestindo o manto palestrino.

 

Por isso que, independente se a vaga da Libertadores vier a ser conquistada ou não, o Palmeiras tem que contar com esses jogadores para o ano que vem. Porque, independente de qual campeonato a equipe for disputar, o Palmeiras tem que entrar forte e para ganhar o título. E para este objetivo, estes jogadores, que são técnicos, versáteis e raçudos, são fundamentais.

 

quarta-feira, novembro 19, 2008

Na mira do Luxa

Juca Kfouri, mais uma vez, dispara contra Luxemburgo. Segunda-feira e hoje. Eu gosto muito do Juca, um jornalista que considero modelo. Mas, para mim, tem algo a mais (ou demais) nessa obsessiva perseguição empreendida contra o nosso técnico. Não dá para desconsiderar que Juca não é palmeirense, é corintiano. Adoraria saber se o teor destes textos seria o mesmo se Luxa fosse técnico do Corinthians. Adoraria saber por que, já que Luxa é Luxa há um bom tempo, somente este ano, suas críticas ficaram tão densas. Por que não ano passado, quando Luxa estava no Santos? Por que não é o Palmeiras?

 

E mais, por que relacionar este caso de Luxa contra torcedores no aeroporto com o caso do gás no Palestra Itália?

 

Oras, pelo que me consta, o time com menos costas quentes na mídia é o Palmeiras! Se já tivessem algo que pudesse ser usado contra o Verdão, esse algo já teria sido escancarado, em letras garrafais, no horário nobre. Mesmo quando não há, tentam "escancarar" mesmo assim, vide boato sobre a ida de Valdívia ao São Paulo, não é seu Juca?

 

Agora, eu quero ver o que dirá Juca Kfouri, caso o Verdão saia a ganhar tudo no ano que vem!

 

Quero ver o que dirá, caso se prove que o caso do gás tenha o dedo do São Paulo!

 

Kléber no Corinthians, não!

 

Se a diretoria não segurar o Kléber, se permitir que ele vá para o Corinthians, pelo amor de Deus! Noticiaram ontem, no Estádio 97, da FM 97,7, que o Martinez está apalavrado com o Corinthians para o ano que vem. Será uma burrice perder o Martinez e outra maior ainda se ele for reforçar o nosso rival. E se deixarem que o Kléber vá parar lá, aí para mim acabou. Essa diretoria, que eu confio muito, pois nela está o Professor Belluzzo, cairá em meu conceito, e eu não perdoarei tal estupidez.

 

Portanto, ô diretoria! Vamos se mexer para segurar o Kléber! Principalmente, porque faz muito tempo que não aparece um atacante tão bom como ele e que seja do agrado da nossa torcida. Ele tem um potencial enorme para se tornar ídolo da torcida. Ídolos que tanto faltam ao nosso futebol.

terça-feira, novembro 18, 2008

O pior é que ele tem razão

"Foi um ano de reformulação. O Palmeiras voltou a ser campeão (Paulista) e brigou pelos títulos que disputou. Ninguém pode se esquecer que o clube voltou a ser respeitado e entrou nas disputas não apenas para competir", assim disse Luxemburgo, conforme publicado pela Assessoria de Imprensa do Palmeiras.

 

O pior é que ele tem razão.

 

Digo "o pior", porque considerando o atual momento, em que se esperava que o Verdão fosse brigar pelo título até a última rodada e que não fosse levar goleada em jogo decisivo, o fato de voltarmos a ganhar títulos e mantermos uma equipe competitiva parecia que estava esquecido por torcedores e mídia em geral.

 

Mesmo que o Palmeiras não consiga a vaga para a Libertadores, o ano não terá sido em vão. Em 2004 e 2005, fomos para a Libertadores, mas não ganhamos nada. Você, palmeirense, o que escolheria se um gênio lhe fizesse a seguinte pergunta? Ser campeão paulista ou disputar a Libertadores e ser eliminado por um grande rival?

 

Eu escolho ser campeão paulista.

 

Agora, ano que vem é outra história. História que deve ser escrita desde já. Mantendo a comissão técnica, planejando o elenco e definindo metas de títulos.

 

E para mim, ano que vem, dos dois, um. Ou ser campeão da Libertadores, ou ser campeão Brasileiro.

segunda-feira, novembro 17, 2008

O que dizer de ontem?

O que dizer de ontem? O que dizer?

 

Confesso que meus ânimos já estavam desanimados. A derrota para o Grêmio fora uma paulada. Por mais fanático que eu seja, algum instinto de autopreservação me impedia de depositar fé. Estava esperando alguma derrota. Esperava mesmo um empate. Não esperava de jeito nenhum uma traulitada. É menos doído porque o título já estava distante, e porque foi para o Flamengo. Se fosse um 5 a 2 do Corinthians ou do São Paulo, meu amigo...

 

O que posso dizer, por não conseguir entender, é por que Maicossuel? Por que Evandro? Por que Sandro Silva? Por que esses caras entraram na partida ontem? Por quê? Não estávamos perdendo? Não precisávamos fazer gols? Com exceção do Sandro Silva, qual foi a partida que esses caras entraram e resolveram? Pelo-amor-de-Deus, não dá! Não dá!

 

Chegar à Libertadores vai ser um sacrifício!

domingo, novembro 16, 2008

O torcer estúpido

O que são as torcidas organizadas de futebol, o que elas foram, o que ela representam hoje, tudo o que diz respeitos a elas mereceria uma oportunidade mais adequada para uma dissertação. Infelizmente, eu tenho uma visão pessimista sobre o papel atual delas no futebol. O que aconteceu nesta sexta-feira, no saguão do aeroporto de Congonhas, indubitavelmente, não me faz menos pessimista.

 

Diria que o cerne de tudo está no modus operandi dessas agremiações, Mancha Alviverde inclusive. Elas são movidas a agressões. Invariavelmente, estão envolvidas em cenas lamentáveis, como essa agressão ao Luxemburgo. E já avisaram: não vão dar sossego ao técnico. Ou seja, irão continuar as perseguições, regadas a agressões físicas.

 

Nem se isso fizesse o Palmeiras se tornar Campeão Brasileiro, o mais passional dos palmeirenses poderia concordar com esse método bárbaro e estúpido de incentivo – nem o mais passional dos palmeirenses! Não dá, não pode, é inaceitável! Tem que ir pra cadeia, tem que ficar impedido de entrar num estádio de futebol, tem que restringir a liberdade mesmo!

 

Como se tem visto, eu tenho sido um crítico do Luxemburgo ultimamente. Mas longe de achar que ele mereça porrada! Por isso, deixo registrado meu total repúdio ao que fizeram os membros da Mancha Alviverde, e minha total solidariedade para com o técnico palmeirense. Quero ver a cara desses caras, se o Verdão conseguir a virada e for campeão. Ah, como quero muito ver isso!

 

Outro repúdio

 

Aproveitando que este post é de repúdio, quero também repudiar as manifestações racistas promovidas contra o goleiro corintiano acontecidas, na partida realizada em Caxias do Sul, por torcedores do Juventude. Racismo é deplorável. E aqui no Brasil é crime inafiançável. Deveriam ir para a cadeia, sem dó nenhuma!

sexta-feira, novembro 14, 2008

Marcos, Luxemburgo e Jorge Mendonça

Luxemburgo disse que Marcos errou ao não fechar com o Arsenal, em 2002, quando acabara de ganhar a Copa do Mundo e estava muito bem valorizado. Disse ele: "Acho que o Marcos se equivocou. Quando se pára de jogar futebol com 35 anos, você tem mais 35 anos para viver. Será que, daqui a 20 anos, vão lembrar de tudo o que ele fez? Depois, precisa de jogo beneficente por aí".

Pouco mais de um ano antes de morrer, eu conheci Jorge Mendonça pessoalmente. Foi um dos dias mais emocionantes da minha vida. Eu nunca vi o Jorge Mendonça jogar ao vivo, somente ao "Melhores Momentos do Esporte" - aquele programa que costumava passar na TV Cultura anos atrás, não sei se ainda passa. E além de conhecê-lo pessoalmente, eu joguei uma partida de futebol com ele. Foi em Campinas, cidade em que ele morava. Todo 1o de maio, a família do meu tio (cunhado da minha mãe), que tem tentáculos em São Paulo e Campinas, se reúne para uma partida de futebol, seguido de cerveja e churrasco pelo dia todo. Nesta ocasião, o Jorge Mendonça, conhecido de um dos parentes do meu tio, apareceu por lá. E eu não me contive. Cheguei nele e disse: "Jorge Mendonça, gostaria de agradecer tudo o que você fez pelo Verdão. Eu não o vi jogar, ainda não era nascido. Mas meu pai viu. E ele me falou muito sobre você". Ele riu modestamente e apertou a minha mão. E depois jogamos juntos. Quer dizer, ele no time dos campineiros e eu no dos paulistanos. Inesquecível!

Senti muito quando soube de sua morte. Morreu na miséria. A história que eu ouvi dizia que, anos antes, ele havia perdido tudo o que tinha. Devia estar muito deprimido, então se entregou ao vício do álcool e adoeceu. Faleceu vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Não digo que Luxemburgo não tenha razão. Não digo que o jogador de futebol não tenha que pensar em si e procurar acumular o máximo de capital possível. É a regra do sistema. E eu não sou hipócrita. Contudo, que a verdade seja dita, o Marcos não morrerá na miséria – se Deus quiser! - como o Jorge Mendonça. Não tenho dúvida nenhuma de que com o que Marcos já ganhou, ele tem o seu futuro garantido. Sabendo investir o dinheiro, não tem como morrer na miséria. E não seria o Jorge Mendonça indo para a Europa, como o Marcos teve a chance, que ele evitaria indubitavelmente o seu destino. Há toda uma história, que eu não conheço, que explica a desgraça do Jorge Mendonça. Ele poderia ter ganhado dez vezes mais do que ganhou, e ainda sim, ter acabado como acabou.

Mas eu digo que o Luxemburgo não tem razão porque considera o Marcos como qualquer jogador. E Marcos não é qualquer jogador. Marcos é um Campeão do Mundo, é um ídolo, tem caráter e uma cabeça e alma iluminadas. O Luxemburgo é uma pessoa muito bem sucedida, meus parabéns para ele, mas não chega aos pés de São Marcos. Não chega aos pés!

Me desculpa Seu Luxemburgo, mas isso tudo aí é inveja! Roa-se. Ou trate de trabalhar, para tentar limpar a sua barra com a torcida, que tá um pouco sujinha.

Alguns registros

O ídolo falou. Não precisava, mas falou. E disse tudo. Em uma entrevista modelo, para ser revista em tempos futuros, assumiu os erros (quer erros?!) cometidos na última partida contra o Grêmio e se desculpou. Aliviou a barra do Luxemburgo e demonstrou, mais uma vez, porque ele é diferente dos demais. Dos demais jogadores de futebol do mundo inteiro. Trecho que destaco: "Com 16 anos de clube, eu não consigo ser só profissional. Nunca fiz média com ninguém. Se a torcida gosta de mim, foi pelas coisas que conquistei. Foi por ter quebrado a clavícula ao me jogar na bola numa dividida. Foi por ter deixado de lado uma proposta de 45 milhões do Arsenal-ING para ficar aqui e jogar a Série B. Eu deixei de agir só com a razão. Às vezes, faço as coisas com o coração, como um verdadeiro torcedor. Eu gosto demais do Palmeiras e só faço as coisas para ajudar. Mas sei que isso às vezes atrapalha". Não, Marcão. Não atrapalha, não. Aliás, no futebol, o que falta são pessoas assim, que agem não só com a razão. Pessoas que levam em conta o que o coração também que fazer. Pessoas como você, São Marcos!

 

Numa mensagem de apoio, a diretoria se reuniu com o elenco palestrino para demonstrar apoio e confiança ao grupo. Gesto louvável. Mas também deixou claro que a vaga para a Libertadores é obrigação. O que os jogadores também concordam. Só resta, então, provar isso no campo.

 

Por último, Luxemburgo pôs Fabinho Capixaba no lugar de Élder Granja no treino de ontem. Fabinho Capixaba... Ok, pode até ser que o Élder não esteja rendendo como no Campeonato Paulista, que precisa mesmo sentar num banquinho para acordar, mas ver Fabinho Capixaba com a camisa do Verdão é dureza. Pior ainda é ver o Wendel com a camisa santista. Obras do Sr. Luxemburgo.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Eu também faria o mesmo!

Sim, e faria mesmo. Eu também deixaria a minha área e tentaria fazer o gol. De qualquer maneira. Desesperadamente.

Eu também já fui goleiro. Eu sei o que é se sentir impotente. Talvez se sentir culpado pela derrota do time e não poder fazer nada para reverter a situação. O goleiro, via de regra, não faz gol. Quando o seu time está no ataque, ele é torcedor.

E eu sou torcedor do Palmeiras. E o Marcos também é. Ontem, quando não eram jogados nem 30 minutos do segundo tempo, quando o Grêmio vencia a partida pelo placar de 1 a 0, Marcos fez o que qualquer torcedor palmeirense queria fazer naquele momento.

Bom, pelo menos o que eu queria fazer. E os quase 28 mil palmeirenses que assistiam à partida no Palestra Itália. Porque parece que, segundo o que dizem algumas dessas pesquisas de portais internéticos, metade dos opinantes reprovam a atitude do ídolo alviverde.

Oras, mas que ingênuo eu sou! Em pesquisas de internet votam qualquer um. Votam qualquer corintiano ou são-paulino de cotovelo inchado por não ter um Marcos jogando em seus times. Ratifico: Marcos fez o que qualquer palmeirense faria naquele momento. Eu, inclusive.

Eu também subiria à área adversária para tentar o cabeceio. Eu também tocaria para o volante para fazer o um-dois e receber a bola mais adiante. Eu também xingaria o coitado do Preá - coitado, porque ele não tem culpa de ser um perna-de-pau e de estar com a responsabilidade de vestir o sagrado manto alviverde, não foi ele quem se pôs ali - por não ter rolado aquela bola, sobra daquele rebote, que poderia nos livrar de toda aquela agonia.

Ok, não nos livraria de toda aquela agonia. Ainda precisaríamos fazer mais um gol para continuarmos respirando na briga pelo título do campeonato. Mas se o Preá rolasse aquela bola na área para o Marcos, ele iria protagonizar o mais belo gol de todos os tempos. Eu disse: de todos os tempos!

Mas ele não rolou, e o mais belo dos gols não aconteceu. Mas aconteceu, pelo menos, o registro de que no futebol ainda existem homens de verdade. Jogadores de carne, osso, sangue e coração, que amam o que fazem, que jogam por paixão, que não são somente joguei-bem-graças-a-Deus-que-meu-dinheiro-está-na-minha-conta. Meus amigos, não sei porque as lágrimas não me saltaram ontem, pois quero chorar o tempo todo, desde então. De tristeza, talvez, pela derrota. De emoção, com certeza, de ver mais uma vez porque o futebol é minha paixão, de sentir mais uma vez muito orgulho em ser palmeirense.

E para terminar, essa vai para o Sr. Luxemburgo. Roa-se de inveja! O senhor é um mercenário, ou um profissional, como gosta de dizer. Marcos é São Marcos, e sempre será São Marcos, em todas as partidas, faça o que fizer - aliás, como o senhor mesmo reconheceu. Ele já está registrado para todo o sempre em nosso cânone. Já o senhor está é na nossa lista negra. Sempre o veremos com desconfiança. Nunca nos esqueceremos de sua participação na nossa queda, em 2002. O futebol é o futebol, apaixonante, alucinante, enlouquecedor, por homens como o Marcos, como o Garrincha, o Maradona, o Pelé, que escreveram e escrevem a história do futebol com o suor de seus corações. Porque é assim que eles ficam em nossos corações. Gente como o senhor, pelo contrário, só nos faz sentir desprezo e desgosto. Só nos afasta dos estádios. Portanto, Sr. Luxemburgo, seja mais humilde, ou pelo menos um pouco. Seja como o nosso São Marcos. E nem se meta a besta de barrar o nosso santo!

sexta-feira, abril 18, 2008

Sobre o próximo Palmeiras e São Paulo

Há quem diga que este Palmeiras e São Paulo do próximo domingo seja o mais tenso da história. Acho um exagero, apesar de achar que este será muito tenso mesmo. Mas da história? Desacredito. Porém, pode ser que seja um dos mais emocionantes, pois lembra muito aqueles da final do Paulistão de 1992, quando o São Paulo tinha um excelente time, já consolidado, e o Palmeiras estava em formação, mas com um bom time também. Se bem que agora, eu acho que o Verdão está melhor, tanto em relação àquela vez, como em relação ao São Paulo. Sim, diferente de 1992, o Palmeiras está melhor que o São Paulo hoje. O tricolor consegue equilibrar no quesito entrosamento, pois o time joga no mesmo esquema há anos, desde o Cuca, e a defesa é quase a mesma desde o Muricy. Mas a qualidade técnica dos jogadores palmeirenses é melhor, assim como a força de seu ataque.

Por falar em história, acho que o Palmeiras e São Paulo mais tenso e emocionante (pelo menos dos que eu vivi) foi aquele da Libertadores de 1994. Ah, sim, Choque-rei como aquele acho que vai ser difícil de ser novamente. O de agora, até pode ser tão emocionante, mas aqueles times eram insuperáveis. Não era à toa que aqueles dois times eram a base da Seleção Brasileira. Poderíamos mesclar as duas equipes, mais o Romário, vestir a canarinho neles e mandar para a Copa que seríamos tetra do mesmo jeito. Os times de hoje não chegam nem a fazer cócegas nos de 1994. Ah, 1994... Maldito seja o Zetti!

Mas agora é 2008, e a briga é pela vaga na final do Paulistão. Tínhamos a vantagem do empate, o tricolor nos tomou, na mão grande do Adriano, mas o fato é que agora é o São Paulo quem joga pelo empate. Por isso não tenho dúvida nenhuma, o tricolor vai ficar recuadinho, recuadinho, somente esperando o momento oportuno para dar o bote, que deve ser com a velocidade de Dagoberto. Por isso acho que o Borges, desta vez, só joga se entrar no meio do jogo. E tome bola pro Jorge Vágner lançar na área pro Adriano.

Por isso Verdão, preste atenção! Evite faltas ao máximo próximo da área! Escanteios, ceder somente na necessidade. Chutão para a frente sem medo de passar vergonha e se for para matar a jogada, que seja no campo do adversário. E o negócio vai ser pôr o Martinez no lugar do Pierre mesmo, que é jogador com mais qualidade técnica para ajudar o Léo Lima na armação das jogadas. Pois não tenham dúvidas de que o Muricy vai armar uma marcação implacável ao Valdívia e ao Diego Souza. Então a bola vai sobrar mais mesmo nos pés dos nossos volantes, eles que irão fazer a diferença no jogo. E penso que é bom entrar com o mesmo ataque do jogo anterior. Alex Mineiro e Kléber são mais durões e finalizadores. Denílson e Lenny são para o segundo tempo, quando a defesa deles estiver mais cansada e quando necessitarmos incendiar o jogo ou prender a bola nos nossos pés.

Pelos que se viu nos últimos dois jogos, o São Paulo só nos vazou na bola parada ou na falha individual de nossa defesa. Porém, nós marcamos por mérito próprio. Sim, foram quatro gols de pênalti, porém todos eles foram legítimos e provocados devido à qualidade de nosso ataque, que sabe invadir a área perigosamente. E teve o gol do Kléber, com aquele belo chute da entrada da área, após o corte no Juninho, que está até agora procurando aquela bola.

Meu palpite? Palmeiras! Não sei o placar, mas com uma grande possibilidade de ser um show, como foi numa certa final de Paulistão, no ano de 1993.

sexta-feira, abril 11, 2008

O Morumbi é o mais seguro?!

Como diz um ditado, que acho verdadeiro: o combinado não sai caro. Antes da competição, combinaram que os mandos dos jogos das semi-finais do Paulistão seriam determinados pela Federação. Regulamento é regulamento. E não pode ser alterado durante o transcorrer do jogo. Portanto, que se cumpra.

E está sendo cumprido. A Federação determinou que o primeiro jogo será no Morumbi, mando do São Paulo, e o segundo no Palestra Itália, mando do Palmeiras, pois em mata-matas é praxe que o jogo decisivo seja no mando de quem teve a melhor campanha.

Contudo, pela nota do presidente Juvenal Juvêncio e pelos comentários de tricolores que tenho visto por aí, o segundo jogo deveria acontecer no Morumbi, porque este é o estádio que oferece as melhores condições de segurança para os torcedores.

Perdõem-me, mas não consigo deixar de não torcer o nariz. Tirando o fato de que a instituição competente para determinar qual estádio tem ou não condições de garantir segurança aos torcedores é a Polícia Militar, para mim, tal argumento é hipócrita. O único motivo que justificaria realizar os dois embates entre Palmeiras e São Paulo no Morumbi é o motivo econômico. O Morumbi comporta mais gente que o Palestra Itália, ou qualquer outro estádio do Estado, logo, garantiria possibilidade maior de obter mais renda nestas semi-finais. E mais, o São Paulo ganharia mais ainda, pois receberia o dinheiro do aluguel do Morumbi na segunda partida (ou as custas são do dono do estádio?).

Entretanto, como falaram em segurança aos torcedores, eu agora vou falar sobre segurança em estádio, principalmente no Morumbi. Para mim, o argumento de que o Morumbi é o estádio mais seguro é balela, mito, conto da carochinha. E eu vou explicar o porquê. Pelo menos, os meus porquês.

Como morador da Zona Leste paulistana, para mim, o acesso ao Morumbi é pior do que ao Palestra. Tanto de carro como de transporte público. E mais, para estacionar o carro não há como, pois não existem estacionamentos com seguro em número suficiente. Todas as poucas vezes que fui ao Morumbi de carro, tive que deixá-lo nas ruas ao redor, correndo o risco de ter o carro depredado pelos vândalos de praxe, e ainda tendo que dar algum pros flanelinhas, e antecipadamente - um caso claro de estelionato. O Morumbi é o mais seguro?!

E mais. Suponha que você não vá de carro, vá de ônibus. E corra o risco de acontecer como aconteceu a um grande amigo meu, corintiano, no último Palmeiras x Corinthians, no mesmo Morumbi. Na saída do estádio, um bando de covardes, os de praxe, encanaram que o meu amigo era palmeirense, e queriam porque queriam que ele mostrasse onde estava escondida a camisa do Palmeiras. O meu amigo, que estava à paisana, pois é assim que há muito tempo deve-se ir a estádio de futebol, argumentou o que poderia argumentar, que não tinha camisa nenhuma do Palmeiras, pois era corintiano. Qual o quê? Não acreditaram, e continuaram a cercar o meu amigo, intimidando-o e provocando-o, e se ele não mostrasse o ingresso do jogo comprovando que estava no setor dos corintianos, certamente ele poderia não estar mais vivo para contar história. O pior é que eu não duvido nem um pouco que isso não tenha acontecido com outros torcedores naquele mesmo dia, tanto do lado corintiano como no do palmeirense, pois como disse, os covardes, nestas ocasiões, são de praxe, e de ambos os lados. O Morumbi é o mais seguro?!

Não, não é o mais seguro. Para um Palmeiras x São Paulo, ou qualquer outro clássico paulista, ser seguro nos dias de hoje, só se o jogo for sem público. E comparando com o Morumbi, o Palestra Itália, para os palmeirenses, oferece melhores condições de segurança e comodidade, porque é melhor de se estacionar o carro, o acesso por transporte público é mais fácil, e a torcida visitante nunca terá número suficiente para causar estragos tal qual aquela fatídica final do Campeonato de Juniores de 1995, uma vez que no Palestra, os lugares para os visitantes são 2500.

Portanto, a decisão de se jogar no Palestra Itália o segundo jogo da semi-final é a mais justa. Digam o que quiser, nunca o Morumbi será campo neutro num Palmeiras x São Paulo. O Morumbi é o campo do São Paulo, é o campo que o tricolor mais conhece. A troco de quê o São Paulo precisa ser sempre beneficiado com esta vantagem nos mata-matas contra times paulistanos? Basta! Assim como basta com a irritante iniciativa dos tricolores de sempre levar para os tapetões qualquer desavença que possa ser levada contra o Palmeiras. Para mim, isto está mais do que nítido. Nesses momentos, é difícil esquecer que foi a diretoria são-paulina que quis tomar o Palestra Itália à força, usando como argumento a beligerância havida entre o Brasil e a Itália de Mussolini, durante a Segunda Grande Guerra. É difícil esquecer isso, porque desde então o São Paulo está sempre reclamando nos bastidores contra o Palmeiras, e para tal, faz uso de todos os dispositivos que tem à mão, desde o uso de argumentos supostamente éticos e racionais (ou hipócritas), como este da segurança dos cidadãos, até o argumento da suposta comodidade e superioridade do Morumbi - que não nos esqueçamos, a sua construção é um caso obscuro de uso de dinheiro público para fins particulares.