sábado, novembro 29, 2008

As indicações das nossas fraquezas

Marcos, Élder Granja, Leandro, Pierre, Diego Souza, Kléber, Alex Mineiro e Vanderlei Luxemburgo foram os palmeirenses indicados aos prêmios de melhores atletas do Brasileirão 2008. O Palmeiras foi o time que teve o maior número de indicados, oito no total. Pergunta: - Nossa, então o Verdão tá para ser campeão do campeonato? É, deveria, deveria.

O Kléber disse que as indicações são prova de que o grupo é forte, que o melhor futebol ainda não veio porque o time ainda está se encaixando, mas que, individualmente, o time tem boas peças. É, não é mentira, não é mentira. Mas eu diria que essas indicações demonstram, como nunca, que o Palmeiras não teria chances nenhuma de conquista do título. A explicação virá, tão impávida como Muhammad Ali.

O próprio Marcos deu a dica numa das últimas entrevistas coletivas, como eu observei aqui. Ganha o Campeonato Brasileiro quem tem a melhor defesa. O Palmeiras ganhou a maioria dos jogos no Palestra Itália porque tem um time muito técnico, um ataque mordaz. Porém, perdeu muitos pontos fora de casa, porque não tem uma boa defesa, não soube agüentar a pressão do time mandante. Você viu algum zagueiro nosso nessa lista de indicados ao prêmio de melhor do Brasileiro?

Torço para que este campeonato nos sirva de lição. Já sabemos o que devemos fazer e, principalmente, aquilo que não devemos fazer, para conseguirmos os nossos objetivos em 2009.

Desguarnecer a nossa defesa é uma dessas coisas que não devem ser feitas!

quinta-feira, novembro 27, 2008

Coisas do futebol atual

Dois assuntos muito comentados nos últimos dias. A atuação de Marquinhos, hoje Vitória, amanhã Palmeiras, na próxima rodada. E as malas brancas do futebol.

 

Um clube, com interesse na derrota de algum rival, oferece incentivos financeiros ao próximo adversário deste rival para derrota-lo. Eis a mala branca. E parece que elas são useiras e vezeiras no futebol. Diversos depoimentos de jogadores pulularam na mídia, testemunhando sobre a veracidade da tal mala. Um exemplo foi o nosso Evandro, que disse que recebeu mala branca ano passado, quando esteve no Atlético-PR, para tirar pontos do Corinthians, que brigava para não cair com o Goiás. Eu torço meu nariz com relação ao assunto. Não me cai bem a idéia de algum profissional receber além do que ele já recebe para fazer aquilo que ele já deveria fazer. Ok, você pode comparar as malas brancas a um prêmio dado por objetivo, como quando uma empresa reparte o lucro aos funcionários quando as metas são atingidas. Mas aí, quem oferece o prêmio é o empregador, não um concorrente. Agora, o que me torce o nariz mesmo é a distinção mala branca x mala preta. Desculpem-me, mas isso é preconceito. A mala preta é a ruim, porque vem para o time perder. E a branca é a boa, porque vem para o time ganhar. Quem disse que preto é ruim? Por que não simplesmente dizer "dinheiro extra" ao invés de dizer "mala branca?" Já que a mala branca não é politicamente correta, que seja pelo menos na denominação.

 

E falando em politicamente correto, voltemos ao caso do Marquinhos. Amanhã, melhor dizendo, ano que vem, ele estará no Palmeiras. Ano que vem, o Palmeiras pretende estar na Libertadores. Para isso, precisa vencer o Vitória, time atual do Marquinhos. Uma maneira de se isentar desta situação é Marquinhos não entrar em campo nesta partida. Uma maneira covarde e antiprofissional, já que opta por fugir da responsabilidade e por descumprir aquilo para que ele foi contratado este ano – jogar futebol pelo Vitória. A outra maneira é entrar em campo e arrebentar com o jogo. Mesmo que isso custe o sucesso de seu próximo clube. Antes isso, do que dar argumentos aos críticos de que tenha feito corpo mole, de que ele não seja um bom profissional. Eu não queria estar na pele de Marquinhos, hoje.

 

Mentira! Eu adoraria estar em seu lugar. Jogar futebol como profissional era tudo o que eu queria na vida. E esta partida, eu jogaria como se fosse uma final, porque seria assim que eu jogaria todas as partidas da minha vida.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Cadê a ética da mídia?

Assim como o Luxa estava, eu também estou muito triste, e indignado. Com tudo o que tem assistido nas tevês, ouvido nos rádios, lido nos jornais e websites.

Mal Luxa disse que estava triste e poderia sair do Palmeiras, todo comentarista que vi nas tevês disse, com as mesmas letras: "O Luxemburgo vai sair do Palmeiras!". Não fizeram nenhum tipo de elucubração, nenhuma ponderação. Não consideraram que tem a multa rescisória, que não valeria a pena sucumbir à pressão de uma parte ínfima da torcida, nada, nada. Apenas repetiram o mantra. Apenas torceram.

Claro, Luxemburgo fora, significa um Palmeiras fraco em 2009. E isso eles não querem. Não querem porque o lance é bajular corintianos, são-paulinos e flamenguistas. Porque assim a audiência está garantida, e com ela, as verbas publicitárias.

E ontem, ainda por cima, tive que suportar nova investida do hipócrita do Juca Kfouri contra o Palmeiras. Para Juca, se o Marquinhos, jogador do Vitória e contratado pela Traffic para o ano que vem, não jogar bem e o Palmeiras se classificar para a Libertadores, é porque a Traffic, que é parceira do Palmeiras, influenciou no desempenho do atleta. E caso o Marquinhos jogar bem e o Palmeiras perder, é a ética que prevaleceu no futebol.

Nada mais hipócrita! Juca omite que qualquer clube pode fazer pré-contrato com qualquer jogador 6 meses antes do fim do seu contrato. Essa situação poderia acontecer com qualquer clube, não somente com os que tem parcerias – o Palmeiras. Quer ver o exemplo de hipocrisia? A mídia já ventilou que o Wagner Diniz, do Vasco, estaria já contratado pelo São Paulo. Alguém comentou sobre a ética, antes de São Paulo enfrentar o Vasco da Gama? Eu não li em lugar nenhum, você viu?

Fora que desde quando Luxemburgo voltou ao Palmeiras, esse jornalista persegue sistematicamente o Palmeiras. Vide o "furo" da ida de Valdívia para o São Paulo. A que se prestou isso, se não tumultuar o Palmeiras?

Já estou cansado desse tipo de jornalistas. Já estou cansado dessa velada, em algumas vezes escancarada, proteção a clubes como Corinthians, São Paulo e Flamengo. Tudo pela audiência. Cadê a ética nisso tudo?

segunda-feira, novembro 24, 2008

Na mosca!

São Marcos é São Marcos! Não só por todos os milagres que ele faz em campo, mas, principalmente, pelo que ele faz fora do campo. Pelo que ele é, por sua conduta como homem e profissional, pelo que pensa sobre futebol. Disse ele, na última entrevista coletiva, sexta-feira passada:

 

- "Os últimos campeões brasileiros não foram àqueles que marcaram mais gols, mas sim os que tiveram uma defesa fortalecida. Aprendemos muitas coisas esse ano. Além disso, também precisamos aprender a jogar fora como fazemos em casa. Não queríamos que fosse dessa maneira, o elenco ainda está em formação, mas isso serve como lição para a próxima temporada".

 

Acertou na mosca! Nossa defesa que ninguém passa deixou muita gente passar este ano, foi o nosso calcanhar de Aquiles. Luxemburgo, preste atenção no nosso santo! Arrume a defesa, traga jogadores com mais fibras e mantenha o Kleber e o Martinez que, no ano que vem, o nosso Verdão ganhará tudo e a nossa torcida que canta e vibra o colocará de volta ao pedestal!

 

Pedestal que somente nós, palmeirenses, podemos colocar! Ninguém mais!

Luxa fora, Palmeiras fraco

Ontem, na entrevista coletiva e no Mesa Redonda, da TV Gazeta, Vanderlei Luxemburgo disse com todas as letras que está triste e vai repensar se continua no Palmeiras em 2009.

 

Disse ele: - "Hoje estou triste porque minha história no clube é tão bonita, cheia de conquistas, e nunca imaginei que passaria por isto. Não merecia, meu coração está apertado. Trabalho com a mesma seriedade, mas o Luxemburgo que adora o Palmeiras está triste. Ao final do Brasileiro vou decidir o que fazer porque não estou tendo prazer de trabalhar". Concordo com ele, ele não merecia passar por isso. Apenas destoou um pouco a respeito de sua história no clube. Sim, é bonita. Mas não tanto assim. Tem 2002. Mas deixemos isso para lá. Por ora.

 

Por ora, quero falar que eu também estou muito triste. Menos pelo fim das chances de conquista do Brasileirão do que pelos últimos acontecimentos extracampo. Aqueles integrantes da Mancha Alviverde não poderiam ter ido ao aeroporto agredir o Luxemburgo. Luxemburgo não poderia ter trazido tanto jogador mediano para vestir a camisa alviverde. Luxemburgo, também, não poderia ter discutido tanto com Marcos – é que Marcos é um cara tão palmeirense, que logo se desculpou por tudo que foi criticado, contribuindo para amenizar um pouco o peso do clima que ronda o Palestra Itália – e não poderia ter sido tão arrogante ao longo do campeonato inteiro, como ele foi, não aceitando crítica nenhuma, julgando-se acima do bem e do mal. Oras, se assim não fosse, a que papel estaria prestando a nossa defesa que ninguém passa, se não contradizer a empáfia luxemburguiana? E o que me deixa mais triste: é ligar a tevê e ver, ligar o rádio e ouvir, abrir o jornal e ler, todo o santo dia, a mídia a endeusar o São Paulo – um capítulo a se discutir ainda o porquê – e massacrar o nosso Verdão, por todas as frentes possíveis. A última dessa mídia. Em uníssono, em todo o canal que eu botei ontem, os comentaristas disseram: - O Luxemburgo vai sair do Palmeiras!

 

Sim, foi o próprio Luxemburgo que o disse, quero dizer, que disse que pode sair. Mas esses comentaristas já dão como certo, torcem para que assim seja.

 

E por que torcem? Sabem por que, caros palestrinos? Porque com Luxa fora, Palmeiras fraco, em 2009. A verdade é essa: está ruim com o Luxa, será pior sem ele! Tirando Felipão e Muricy, não há nenhum outro técnico pelas bandas, que não o Luxemburgo, a altura de comandar o nosso esquadrão. Não temos mais tempo para fazer experimentos, como fez o Mustafá no período pós-Série B, com Estevam Soares ou Caio Jr. da vida. Pra comandar o Verdão tem que ser nome já consagrado. Somente assim poderemos competir com o São Paulo – o adversário a ser batido - no ano que vem. E, meus amigos, eles sabem disso. Tanto sabem que tanto batem no nosso técnico.

 

Sinceramente, a despeito de todas as críticas que tenho feito ao Luxemburgo, eu torço para que ele não desista do Palmeiras. Que ele, ao menos um pouquinho, desça um pouco do pedestal, arregace as mangas e mostre para toda essa gente que não quer ver o Verdão bem, que ele ainda é o melhor técnico do Brasil.

 

É o que eu desejo de todo o meu coração: ver todos eles rendendo-se ao nosso glorioso Palestra Itália. Ah, como desejo!

sexta-feira, novembro 21, 2008

Para o Palmeiras continuar forte em 2009

Eu acredito que hoje, mais do que nunca, para um time de futebol ter sucesso, é preciso ter um elenco forte. E um elenco forte pode ser traduzido por ter uma diversidade de jogadores técnicos com características diversas. Traduzindo: vários jogadores que sabem jogar em posições variadas. Como o Kléber, que joga enfiado na zaga e vem buscar o jogo fora da área. Como o Martinez, que joga no meio na marcação, na armação e até de zagueiro. Como o Wendel, que está emprestado ao Santos, que joga no meio, na marcação, e também sabe ser ala e lateral-direita.

 

Não sei bem por que motivo o Luxemburgo não vai com a lata do Wendel. Disse ele: "Se ele quiser ficar em definitivo no Santos, tudo bem, foi por isso que o emprestamos". Quem disse que ele quer ficar no Santos? Ele foi para lá porque não tinha opção, porque gosta do Palmeiras, além de ser um bom profissional. Ele não estava sendo aproveitado pelo Luxa, e foi para lá para continuar jogando e ser valorizado – ser valorizado para o Palmeiras! Eu acho que a diretoria tem que valorizar o Wendel. Tem que trazê-lo de volta e mandar ao Luxa que o mantenha no elenco. Vocês acham que o Wendel não poderia jogar no time atual, por exemplo, quando o Élder Granja esteve machucado? Vocês acham que Fabinho Capixaba é jogador à altura do Palmeiras? Eu não acho. Até agora ele não jogou o suficiente para merecer vestir o manto alviverde.

 

Quanto ao Martinez, está cada vez maior a possibilidade do dele ir parar no Parque São Jorge. Tanto que o nosso técnico disse a respeito: "Faz parte, ele (Martinez) está negociando, mas se quiser aceitar uma proposta melhor como a do Corinthians, não vou ficar chateado". Talvez o Luxa não vai ficar chateado, mas a torcida vai. Eu vou. O Martinez é um ótimo jogador, raro no futebol brasileiro, profissional, que irá fazer falta ao time se sair e que não pode – de jeito nenhum – reforçar o nosso arqui-rival. Diretoria, vamos nos mexer! Vale a pena ter o Martinez no time, vale a pena valorizá-lo, vale a pena cobrir qualquer proposta, principalmente as oriundas do Corinthians, para continuar a ter o futebol dele no Palmeiras!

 

Pelo menos com relação ao Kléber, parece que a diretoria está se mobilizando para tentar contratar o jogador em definitivo. Atacante como o Kléber é raro no Brasil hoje em dia. Será um excelente diferencial para o Palmeiras continuar a tê-lo para a próxima temporada. Além de ele já ter caído no gosto da torcida e estar habilitado a configurar a nossa galeria de ídolos. Mas para isso tem que continuar vestindo o manto palestrino.

 

Por isso que, independente se a vaga da Libertadores vier a ser conquistada ou não, o Palmeiras tem que contar com esses jogadores para o ano que vem. Porque, independente de qual campeonato a equipe for disputar, o Palmeiras tem que entrar forte e para ganhar o título. E para este objetivo, estes jogadores, que são técnicos, versáteis e raçudos, são fundamentais.

 

quarta-feira, novembro 19, 2008

Na mira do Luxa

Juca Kfouri, mais uma vez, dispara contra Luxemburgo. Segunda-feira e hoje. Eu gosto muito do Juca, um jornalista que considero modelo. Mas, para mim, tem algo a mais (ou demais) nessa obsessiva perseguição empreendida contra o nosso técnico. Não dá para desconsiderar que Juca não é palmeirense, é corintiano. Adoraria saber se o teor destes textos seria o mesmo se Luxa fosse técnico do Corinthians. Adoraria saber por que, já que Luxa é Luxa há um bom tempo, somente este ano, suas críticas ficaram tão densas. Por que não ano passado, quando Luxa estava no Santos? Por que não é o Palmeiras?

 

E mais, por que relacionar este caso de Luxa contra torcedores no aeroporto com o caso do gás no Palestra Itália?

 

Oras, pelo que me consta, o time com menos costas quentes na mídia é o Palmeiras! Se já tivessem algo que pudesse ser usado contra o Verdão, esse algo já teria sido escancarado, em letras garrafais, no horário nobre. Mesmo quando não há, tentam "escancarar" mesmo assim, vide boato sobre a ida de Valdívia ao São Paulo, não é seu Juca?

 

Agora, eu quero ver o que dirá Juca Kfouri, caso o Verdão saia a ganhar tudo no ano que vem!

 

Quero ver o que dirá, caso se prove que o caso do gás tenha o dedo do São Paulo!

 

Kléber no Corinthians, não!

 

Se a diretoria não segurar o Kléber, se permitir que ele vá para o Corinthians, pelo amor de Deus! Noticiaram ontem, no Estádio 97, da FM 97,7, que o Martinez está apalavrado com o Corinthians para o ano que vem. Será uma burrice perder o Martinez e outra maior ainda se ele for reforçar o nosso rival. E se deixarem que o Kléber vá parar lá, aí para mim acabou. Essa diretoria, que eu confio muito, pois nela está o Professor Belluzzo, cairá em meu conceito, e eu não perdoarei tal estupidez.

 

Portanto, ô diretoria! Vamos se mexer para segurar o Kléber! Principalmente, porque faz muito tempo que não aparece um atacante tão bom como ele e que seja do agrado da nossa torcida. Ele tem um potencial enorme para se tornar ídolo da torcida. Ídolos que tanto faltam ao nosso futebol.

terça-feira, novembro 18, 2008

O pior é que ele tem razão

"Foi um ano de reformulação. O Palmeiras voltou a ser campeão (Paulista) e brigou pelos títulos que disputou. Ninguém pode se esquecer que o clube voltou a ser respeitado e entrou nas disputas não apenas para competir", assim disse Luxemburgo, conforme publicado pela Assessoria de Imprensa do Palmeiras.

 

O pior é que ele tem razão.

 

Digo "o pior", porque considerando o atual momento, em que se esperava que o Verdão fosse brigar pelo título até a última rodada e que não fosse levar goleada em jogo decisivo, o fato de voltarmos a ganhar títulos e mantermos uma equipe competitiva parecia que estava esquecido por torcedores e mídia em geral.

 

Mesmo que o Palmeiras não consiga a vaga para a Libertadores, o ano não terá sido em vão. Em 2004 e 2005, fomos para a Libertadores, mas não ganhamos nada. Você, palmeirense, o que escolheria se um gênio lhe fizesse a seguinte pergunta? Ser campeão paulista ou disputar a Libertadores e ser eliminado por um grande rival?

 

Eu escolho ser campeão paulista.

 

Agora, ano que vem é outra história. História que deve ser escrita desde já. Mantendo a comissão técnica, planejando o elenco e definindo metas de títulos.

 

E para mim, ano que vem, dos dois, um. Ou ser campeão da Libertadores, ou ser campeão Brasileiro.

segunda-feira, novembro 17, 2008

O que dizer de ontem?

O que dizer de ontem? O que dizer?

 

Confesso que meus ânimos já estavam desanimados. A derrota para o Grêmio fora uma paulada. Por mais fanático que eu seja, algum instinto de autopreservação me impedia de depositar fé. Estava esperando alguma derrota. Esperava mesmo um empate. Não esperava de jeito nenhum uma traulitada. É menos doído porque o título já estava distante, e porque foi para o Flamengo. Se fosse um 5 a 2 do Corinthians ou do São Paulo, meu amigo...

 

O que posso dizer, por não conseguir entender, é por que Maicossuel? Por que Evandro? Por que Sandro Silva? Por que esses caras entraram na partida ontem? Por quê? Não estávamos perdendo? Não precisávamos fazer gols? Com exceção do Sandro Silva, qual foi a partida que esses caras entraram e resolveram? Pelo-amor-de-Deus, não dá! Não dá!

 

Chegar à Libertadores vai ser um sacrifício!

domingo, novembro 16, 2008

O torcer estúpido

O que são as torcidas organizadas de futebol, o que elas foram, o que ela representam hoje, tudo o que diz respeitos a elas mereceria uma oportunidade mais adequada para uma dissertação. Infelizmente, eu tenho uma visão pessimista sobre o papel atual delas no futebol. O que aconteceu nesta sexta-feira, no saguão do aeroporto de Congonhas, indubitavelmente, não me faz menos pessimista.

 

Diria que o cerne de tudo está no modus operandi dessas agremiações, Mancha Alviverde inclusive. Elas são movidas a agressões. Invariavelmente, estão envolvidas em cenas lamentáveis, como essa agressão ao Luxemburgo. E já avisaram: não vão dar sossego ao técnico. Ou seja, irão continuar as perseguições, regadas a agressões físicas.

 

Nem se isso fizesse o Palmeiras se tornar Campeão Brasileiro, o mais passional dos palmeirenses poderia concordar com esse método bárbaro e estúpido de incentivo – nem o mais passional dos palmeirenses! Não dá, não pode, é inaceitável! Tem que ir pra cadeia, tem que ficar impedido de entrar num estádio de futebol, tem que restringir a liberdade mesmo!

 

Como se tem visto, eu tenho sido um crítico do Luxemburgo ultimamente. Mas longe de achar que ele mereça porrada! Por isso, deixo registrado meu total repúdio ao que fizeram os membros da Mancha Alviverde, e minha total solidariedade para com o técnico palmeirense. Quero ver a cara desses caras, se o Verdão conseguir a virada e for campeão. Ah, como quero muito ver isso!

 

Outro repúdio

 

Aproveitando que este post é de repúdio, quero também repudiar as manifestações racistas promovidas contra o goleiro corintiano acontecidas, na partida realizada em Caxias do Sul, por torcedores do Juventude. Racismo é deplorável. E aqui no Brasil é crime inafiançável. Deveriam ir para a cadeia, sem dó nenhuma!

sexta-feira, novembro 14, 2008

Marcos, Luxemburgo e Jorge Mendonça

Luxemburgo disse que Marcos errou ao não fechar com o Arsenal, em 2002, quando acabara de ganhar a Copa do Mundo e estava muito bem valorizado. Disse ele: "Acho que o Marcos se equivocou. Quando se pára de jogar futebol com 35 anos, você tem mais 35 anos para viver. Será que, daqui a 20 anos, vão lembrar de tudo o que ele fez? Depois, precisa de jogo beneficente por aí".

Pouco mais de um ano antes de morrer, eu conheci Jorge Mendonça pessoalmente. Foi um dos dias mais emocionantes da minha vida. Eu nunca vi o Jorge Mendonça jogar ao vivo, somente ao "Melhores Momentos do Esporte" - aquele programa que costumava passar na TV Cultura anos atrás, não sei se ainda passa. E além de conhecê-lo pessoalmente, eu joguei uma partida de futebol com ele. Foi em Campinas, cidade em que ele morava. Todo 1o de maio, a família do meu tio (cunhado da minha mãe), que tem tentáculos em São Paulo e Campinas, se reúne para uma partida de futebol, seguido de cerveja e churrasco pelo dia todo. Nesta ocasião, o Jorge Mendonça, conhecido de um dos parentes do meu tio, apareceu por lá. E eu não me contive. Cheguei nele e disse: "Jorge Mendonça, gostaria de agradecer tudo o que você fez pelo Verdão. Eu não o vi jogar, ainda não era nascido. Mas meu pai viu. E ele me falou muito sobre você". Ele riu modestamente e apertou a minha mão. E depois jogamos juntos. Quer dizer, ele no time dos campineiros e eu no dos paulistanos. Inesquecível!

Senti muito quando soube de sua morte. Morreu na miséria. A história que eu ouvi dizia que, anos antes, ele havia perdido tudo o que tinha. Devia estar muito deprimido, então se entregou ao vício do álcool e adoeceu. Faleceu vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Não digo que Luxemburgo não tenha razão. Não digo que o jogador de futebol não tenha que pensar em si e procurar acumular o máximo de capital possível. É a regra do sistema. E eu não sou hipócrita. Contudo, que a verdade seja dita, o Marcos não morrerá na miséria – se Deus quiser! - como o Jorge Mendonça. Não tenho dúvida nenhuma de que com o que Marcos já ganhou, ele tem o seu futuro garantido. Sabendo investir o dinheiro, não tem como morrer na miséria. E não seria o Jorge Mendonça indo para a Europa, como o Marcos teve a chance, que ele evitaria indubitavelmente o seu destino. Há toda uma história, que eu não conheço, que explica a desgraça do Jorge Mendonça. Ele poderia ter ganhado dez vezes mais do que ganhou, e ainda sim, ter acabado como acabou.

Mas eu digo que o Luxemburgo não tem razão porque considera o Marcos como qualquer jogador. E Marcos não é qualquer jogador. Marcos é um Campeão do Mundo, é um ídolo, tem caráter e uma cabeça e alma iluminadas. O Luxemburgo é uma pessoa muito bem sucedida, meus parabéns para ele, mas não chega aos pés de São Marcos. Não chega aos pés!

Me desculpa Seu Luxemburgo, mas isso tudo aí é inveja! Roa-se. Ou trate de trabalhar, para tentar limpar a sua barra com a torcida, que tá um pouco sujinha.

Alguns registros

O ídolo falou. Não precisava, mas falou. E disse tudo. Em uma entrevista modelo, para ser revista em tempos futuros, assumiu os erros (quer erros?!) cometidos na última partida contra o Grêmio e se desculpou. Aliviou a barra do Luxemburgo e demonstrou, mais uma vez, porque ele é diferente dos demais. Dos demais jogadores de futebol do mundo inteiro. Trecho que destaco: "Com 16 anos de clube, eu não consigo ser só profissional. Nunca fiz média com ninguém. Se a torcida gosta de mim, foi pelas coisas que conquistei. Foi por ter quebrado a clavícula ao me jogar na bola numa dividida. Foi por ter deixado de lado uma proposta de 45 milhões do Arsenal-ING para ficar aqui e jogar a Série B. Eu deixei de agir só com a razão. Às vezes, faço as coisas com o coração, como um verdadeiro torcedor. Eu gosto demais do Palmeiras e só faço as coisas para ajudar. Mas sei que isso às vezes atrapalha". Não, Marcão. Não atrapalha, não. Aliás, no futebol, o que falta são pessoas assim, que agem não só com a razão. Pessoas que levam em conta o que o coração também que fazer. Pessoas como você, São Marcos!

 

Numa mensagem de apoio, a diretoria se reuniu com o elenco palestrino para demonstrar apoio e confiança ao grupo. Gesto louvável. Mas também deixou claro que a vaga para a Libertadores é obrigação. O que os jogadores também concordam. Só resta, então, provar isso no campo.

 

Por último, Luxemburgo pôs Fabinho Capixaba no lugar de Élder Granja no treino de ontem. Fabinho Capixaba... Ok, pode até ser que o Élder não esteja rendendo como no Campeonato Paulista, que precisa mesmo sentar num banquinho para acordar, mas ver Fabinho Capixaba com a camisa do Verdão é dureza. Pior ainda é ver o Wendel com a camisa santista. Obras do Sr. Luxemburgo.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Eu também faria o mesmo!

Sim, e faria mesmo. Eu também deixaria a minha área e tentaria fazer o gol. De qualquer maneira. Desesperadamente.

Eu também já fui goleiro. Eu sei o que é se sentir impotente. Talvez se sentir culpado pela derrota do time e não poder fazer nada para reverter a situação. O goleiro, via de regra, não faz gol. Quando o seu time está no ataque, ele é torcedor.

E eu sou torcedor do Palmeiras. E o Marcos também é. Ontem, quando não eram jogados nem 30 minutos do segundo tempo, quando o Grêmio vencia a partida pelo placar de 1 a 0, Marcos fez o que qualquer torcedor palmeirense queria fazer naquele momento.

Bom, pelo menos o que eu queria fazer. E os quase 28 mil palmeirenses que assistiam à partida no Palestra Itália. Porque parece que, segundo o que dizem algumas dessas pesquisas de portais internéticos, metade dos opinantes reprovam a atitude do ídolo alviverde.

Oras, mas que ingênuo eu sou! Em pesquisas de internet votam qualquer um. Votam qualquer corintiano ou são-paulino de cotovelo inchado por não ter um Marcos jogando em seus times. Ratifico: Marcos fez o que qualquer palmeirense faria naquele momento. Eu, inclusive.

Eu também subiria à área adversária para tentar o cabeceio. Eu também tocaria para o volante para fazer o um-dois e receber a bola mais adiante. Eu também xingaria o coitado do Preá - coitado, porque ele não tem culpa de ser um perna-de-pau e de estar com a responsabilidade de vestir o sagrado manto alviverde, não foi ele quem se pôs ali - por não ter rolado aquela bola, sobra daquele rebote, que poderia nos livrar de toda aquela agonia.

Ok, não nos livraria de toda aquela agonia. Ainda precisaríamos fazer mais um gol para continuarmos respirando na briga pelo título do campeonato. Mas se o Preá rolasse aquela bola na área para o Marcos, ele iria protagonizar o mais belo gol de todos os tempos. Eu disse: de todos os tempos!

Mas ele não rolou, e o mais belo dos gols não aconteceu. Mas aconteceu, pelo menos, o registro de que no futebol ainda existem homens de verdade. Jogadores de carne, osso, sangue e coração, que amam o que fazem, que jogam por paixão, que não são somente joguei-bem-graças-a-Deus-que-meu-dinheiro-está-na-minha-conta. Meus amigos, não sei porque as lágrimas não me saltaram ontem, pois quero chorar o tempo todo, desde então. De tristeza, talvez, pela derrota. De emoção, com certeza, de ver mais uma vez porque o futebol é minha paixão, de sentir mais uma vez muito orgulho em ser palmeirense.

E para terminar, essa vai para o Sr. Luxemburgo. Roa-se de inveja! O senhor é um mercenário, ou um profissional, como gosta de dizer. Marcos é São Marcos, e sempre será São Marcos, em todas as partidas, faça o que fizer - aliás, como o senhor mesmo reconheceu. Ele já está registrado para todo o sempre em nosso cânone. Já o senhor está é na nossa lista negra. Sempre o veremos com desconfiança. Nunca nos esqueceremos de sua participação na nossa queda, em 2002. O futebol é o futebol, apaixonante, alucinante, enlouquecedor, por homens como o Marcos, como o Garrincha, o Maradona, o Pelé, que escreveram e escrevem a história do futebol com o suor de seus corações. Porque é assim que eles ficam em nossos corações. Gente como o senhor, pelo contrário, só nos faz sentir desprezo e desgosto. Só nos afasta dos estádios. Portanto, Sr. Luxemburgo, seja mais humilde, ou pelo menos um pouco. Seja como o nosso São Marcos. E nem se meta a besta de barrar o nosso santo!