quarta-feira, novembro 29, 2006

Sob(re) protestos

A torcida que compareceu ao Parque Antártica no último domingo, quando o Palmeiras apanhou de 1 a 4 do Internacional, teve toda a razão em ficar irada. Mas ficar irado não dá o direito a ninguém a agredir os outros. É condenável o que os torcedores das numeradas fizeram, quando invadiram o camarote dos diretores. E é muito mais condenável ainda o que alguns fizeram com o Sergião. Alguns, ditos, torcedores atiraram uma pedra contra o carro do goleiro que quase atingiu a sua esposa.

Aliás, esses aí que se excederam em sua ira, se fossem torcedores mesmo do Palmeiras, nem iriam ao estádio. Desde Palmeiras 4 x 2 Vasco, no segundo turno deste ano, que não vou ao estádio. Meus motivos? Nos demais jogos, Marcos se machucou e ficou de fora. E para mim, o Palmeiras, sem Marcos, hoje não tem brilho. Fora que o time seguiu numa escalada de tropeços que transcendeu ao âmbito das quatro linhas. Um gritante exemplo foi a patética demissão de Tite. Que pediu demissão, sim, mas isso era a única coisa que um profissional honrado poderia fazer após o esdrúxulo calaboca do Sr. Palaia. E depois, o referido senhor veio aos microfones conclamando a torcida a ir ao estádio! E mais depois, o mesmo fez aquela auto-entrevista, numa tentativa bisonha de atacar a mídia, mas que só fez expor ainda mais o nome do Palmeiras à galhofa.

Protesto válido foi o daqueles que puseram nariz de palhaço no estádio. Fica aqui o registro. Mas protestam mais efetivamente ainda aqueles que não vão aos estádios. Cada vez mais começo a crer que somente quando o time entrar em campo sem uma única alma viva nas arquibandas, que essa gentalha que comanda o Palmeiras irá se conscientizar que estão acabando com o time. Só espero que isso não aconteça quando o time e a torcida acabarem. Porque aí, ninguém irá mais ao estádio mesmo.

Nenhum comentário: