quarta-feira, dezembro 03, 2008

Riscos para o 2009 alviverde

Muitos não gostam, mas a política no clube é crucial para a direção dos rumos de um time de futebol. Muitos não gostam, porque não a entendem, acham política - qualquer política - uma coisa enfadonha, acham que políticos são todos iguais, o que é compreensível. Realmente, entender política não é simples. A correlação de forças em qualquer instituição depende de uma série de fatores, tais como as facções que compõe a instituição, seus objetivos, como elas se relacionam, quais as regras que determinam como essas facções devem se relacionar, as regras em que se dá o jogo político. Percebam, por essa salada de fatores que acabei de enumerar, que entender política não é simples mesmo. E se muitos não se interessam pela política nossa de todo dia, que dirá da política do clube. Mas como eu dizia, a política no clube é crucial para o futuro do time de futebol. E de futebol, muita gente gosta.

 

Quase passou despercebida a notícia de que dois conselheiros da oposição, contra um da situação, foram eleitos como vitalícios do Conselho Deliberativo do Palmeiras, no última dia 1o. Não acredito que esse tropeço da situação palmeirense seja tão decisivo para a eleição que ocorrerá dia 13 agora, quando uma assembléia de sócios acontecerá para definir se o mandato de Della Monica se prorrogará, via alteração estatutária. Caso a alteração não se confirme, uma eleição será marcada para janeiro para decidir quem será o próximo presidente palmeirense.

 

Pois bem, se acontecer do mandato de Della Monica não ser prorrogado e acontecer da oposição levar as eleições que seriam marcadas por conta deste cenário, arrisco a dizer que o nosso ano de 2009 estará seriamente comprometido. Eu apoio a atual direção porque nela está o Professor Luiz Antônio Gonzaga Belluzzo, homem em que eu acredito querer o bem para o Palmeiras. E eu desaprovo a oposição porque nela está Mustafá Contursi, homem que manchou a história do Palmeiras com uma política totalmente equivocada, míope com relação a planejamento e visão de futuro, e que nos levou à vergonhosa queda à Série B, naquele fatídico 2002. Eis aí, para mim, os motivos para eu não querer que a oposição volte ao poder.

 

Contudo, reconheço que ignoro muita coisa a respeito da política palmeirense. Acredito que qualquer instituição deva possuir mecanismos democráticos para escolha de seus líderes. Acredito que esses líderes devam ser alterados periodicamente, a permanência no poder por tempo demasiado é nociva. Porém, com relação aos clubes, e mais especificamente ao Palmeiras, me espanta a ferocidade com que os grupos de opõe pelo poder político. Freqüentemente ouço que grupo A torce para que o time perca, para que o grupo B se enfraqueça para as próximas eleições. O que será que faria um indivíduo torcer contra a coletividade a qual pertence? O Palmeiras não deveria estar acima de tudo? Meramente por ambições políticas, alguém quereria o pior para o seu time? Ou há mais intere$$e$, ocultos a nós reles torcedores mortais? São questões que freqüentemente me faço, na tentativa de entender porque tentam sabotar o projeto que está sendo implementado no Palmeiras.

 

Essas minhas desconfianças repousam no argumento de que viradas constantes na direção política do clube não permitiriam que projeto nenhum seja implementado e concluído. Com a oposição de volta, a direção técnica pode ser mudada, os investimentos podem escassear, não haveria tempo para um novo planejamento e a captação de novos investimentos, e os nossos sonhos de conquista da América e do mundo para 2009 podem ir para lixeira. Será que os palmeirenses da oposição não percebem isso? Será que, ao invés de buscar o poder pelo poder, não seria mais importante para o Palmeiras, enquanto a atual situação legitimamente trabalha, que os opositores busquem melhorar as regras do clube, de forma que as trocas de direção aconteçam sempre, mas que nunca prejudiquem os projetos, que devem todos ter o objetivo de fazer o nosso alviverde inteiro cada vez mais grande?

 

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