quinta-feira, agosto 13, 2009

Ele faz até chover estrelas!

Como já dissera o renomado locutor - foi um jogo para cardíaco nenhum botar defeito!

 

Primeiro, o balde de água fria. A descarga de angústia no coração de qualquer palmeirense. Primeiro, a falha de Marcão, que perdeu a bola na frente da defesa e permitiu o contra-ataque do Atlético-MG. Depois, a falha de São Marcos, que tentou defender o chute de Éder Luís com um salto a la Escadinha - o líbero da seleção de vôlei. Peraí! Eu disse falha de São Marcos? Falha nada! Anotem aí, conselheiros palestrinos, incluam no Estatuto: nenhum gol levado por São Marcos será considerado falha! Por mais que o nosso humilde santo reconheça, nós não reconheceremos! E tenho dito!

 

Ainda eram cinco minutos do primeiro tempo. Com a vantagem no placar, o Atlético-MG decidiu apostar nos contra-ataques e se limitou a permanecer em seu campo, esperando o Palmeiras vir para cima. E o Palmeiras foi. Daquele jeito que todo palmeirense gosta de ver o Verdão ir para cima. Sufocando o adversário, não importando em qual ponto geográfico do planeta. Não importando se nos Jardins Suspensos do Palestra Itália, se ao pé das Pirâmides do Egito ou se no Coliseu de Roma. O Palmeiras é time grande e causa temor em seus adversários. Deixar o Verdão vir para cima não é boa estratégia.

 

E não foi. Após meia hora de pura pressão, Diego Souza chegou à linha de fundo e, açucaradamente, cruzou a bola na cabeça de Ortigoza - que não sei por que ainda não foi contratado em definitivo pela Diretoria - e gol! 1 a 1.

 

Naturalmente, empurrado por 55 mil atleticanos, o Atlético-MG saiu da retranca e o jogo se equilibrou.

 

Eis o segundo tempo. E que segundo tempo!

 

Primeiro, a bola recuada que o goleiro atleticano bisonhamente pegou com as mãos. Ah, mas claramente o zagueiro não teve a intenção de recuar! Disse o tal juiz-comentarista. Não conheço nenhuma intenção que seja clara, a não ser depois da atitude ensejada pela intenção. A atitude foi um recuo e o jovem goleiro nem precisava pegar a bola com as mãos, não havia um palmeirense o pressionando. Mas a pegou e foi falta de dois lances dentro da área. Uma chance de ouro para virar a partida. Mas a bomba de Diego Souza espatifou na barreira atleticana.

 

Então, a partida ficou equilibrada. Desta vez, com o Palmeiras apostando em sua forte marcação na intermediária e em contra-ataques, enquanto o Galo vinha para cima. Numa dessas, o atacante mineiro invadiu a área e o bote atrasado de Wendell despejou mais um balde de água fria em nossas cabeças. Pênalti! Nem eu reclamei do juiz. Xinguei muito o Wendell, já considerando a partida 2 a 1, mas confiando que poderíamos empatar novamente, pois mostramos que jogamos para cima em qualquer lugar.

 

O garoto Renan Oliveira se postou para bater o pênalti e, junto com São Marcos, olhei para o céu. E vi estrelas. Cadentes. Estrelas cadentes? Estrelas cadentes! Ao ver uma estrela cadente, faça um desejo que ele se realizará! São Marcos não se iludiu com a manjadíssima paradinha e, espetacularmente (anotem aí conselheiros, todas as defesas de São Marcos são espetaculares), defendeu o pênalti. Pênalti defendido por São Marcos é como gol em Final de Copa do Mundo! Anota aí CBF, pênalti defendido por São Marcos é gol para o Palmeiras. O placar deveria ter sido 2 a 1.

 

Minto, deveria ter sido, no mínimo, 4 a 1. Meus amigos, como o goleiro foi buscar no cantinho aquela bola do Diego Souza? E como o Cleiton Xavier conseguiu perder aqueles dois gols? Você tem o meu perdão, Xavier, pois demonstrou dignidade ao declarar que não deixará o Palmeiras agora porque quer ser campeão brasileiro! Apesar de que qualquer caneludo, como o Obina, marcaria aquele gol debaixo das traves. Mas você, Xavier, é craque, não é um caneludo, e está demonstrando honrar o nosso manto alviverde. Por isso tem o meu perdão. Mas não abusa, hein, rapaz!

 

Infelizmente, o jogo terminou 1 a 1. Mas merecíamos vencer. Como havia dito, eu vi estrelas cadentes, diversas, dezenas. Algum atleticano deve ter pedido para não ser massacrado pelo nosso Alviverde Imponente. Nesta noite de Perseidas, sobraram estrelas cadentes e pedidos realizados na partida. Mas ao final, ainda avistei uma última estrela caindo da constelação de Perseus.

 

No final do campeonato, eu lhes direi o que pedi.

 

3 comentários:

Gonzalo - El Trenzador disse...

Sr. Bloguero do Da-lhe Porco:

Meu nome é Gonzalo Prudkin, sou doutorando na UFBA e estou fazendo uma pesquisa sobre blogs futebolísticos no Brasil. Quería enviar a você por e-mail mais informação sobre a pesquisa em andamento e se gostaría de participar nela através de um questionário breve. Sei que vc torce pelo Palmeiras, por isso gostaria saber sua experiencia como bloguero. De quer participar lhe enviarei o questionário por e-mail, espero sua resposta,

Atenciosamente

Gonzalo Prudkin
licprudkin@hotmail.com
Facóm-UFBA
Bahía

Flávio Ricardo Vassoler disse...

Fala, Ivão!

Sinceramente, não acho que vocês terão fôlego pra se manterem na primeira colocação do Brasileirão. E segura o 'novo Riquelme' que chega pro Coringão!

Tô pra te ligar, meu irmão, a gente logo vai se ver!

Grande abraço,

Bazárov

Flávio Ricardo Vassoler disse...

Ivão, meu velho,

Que foi que eu te disse, cara? O Palmeiras não tem gás pra seguir na liderança desse Brasileirão, bicho. E a verdade é a seguinte: nós, Palmeiras e Corinthians, não temos de fato uma organização efetiva pra ganharmos essa merda de campeonato de pontos corridos. Se você olhar pros anos em que esse tipo de torneio foi disputado, os Bambis paparam - e foram papados - a maioria. O Coringão ganhou em 2005, cara, e os demais títulos foram no esquema do mata-mata. Para o Palmeiras a mesma coisa. E agora os caras tão despontando de novo! É mole? Bom, a minha vaga na Libertadores já tá garantida, bicho - acho até que, quanto a isso, vocês podem conseguir uma rabeira, sim. Será?
E se tiver livre essa sexta, meu irmão, pinta aqui em casa, cara! Depois das 19:30 eu tô livre, Ivão!
Aquele abraço, meu irmão!
Flavião