quinta-feira, novembro 27, 2008

Coisas do futebol atual

Dois assuntos muito comentados nos últimos dias. A atuação de Marquinhos, hoje Vitória, amanhã Palmeiras, na próxima rodada. E as malas brancas do futebol.

 

Um clube, com interesse na derrota de algum rival, oferece incentivos financeiros ao próximo adversário deste rival para derrota-lo. Eis a mala branca. E parece que elas são useiras e vezeiras no futebol. Diversos depoimentos de jogadores pulularam na mídia, testemunhando sobre a veracidade da tal mala. Um exemplo foi o nosso Evandro, que disse que recebeu mala branca ano passado, quando esteve no Atlético-PR, para tirar pontos do Corinthians, que brigava para não cair com o Goiás. Eu torço meu nariz com relação ao assunto. Não me cai bem a idéia de algum profissional receber além do que ele já recebe para fazer aquilo que ele já deveria fazer. Ok, você pode comparar as malas brancas a um prêmio dado por objetivo, como quando uma empresa reparte o lucro aos funcionários quando as metas são atingidas. Mas aí, quem oferece o prêmio é o empregador, não um concorrente. Agora, o que me torce o nariz mesmo é a distinção mala branca x mala preta. Desculpem-me, mas isso é preconceito. A mala preta é a ruim, porque vem para o time perder. E a branca é a boa, porque vem para o time ganhar. Quem disse que preto é ruim? Por que não simplesmente dizer "dinheiro extra" ao invés de dizer "mala branca?" Já que a mala branca não é politicamente correta, que seja pelo menos na denominação.

 

E falando em politicamente correto, voltemos ao caso do Marquinhos. Amanhã, melhor dizendo, ano que vem, ele estará no Palmeiras. Ano que vem, o Palmeiras pretende estar na Libertadores. Para isso, precisa vencer o Vitória, time atual do Marquinhos. Uma maneira de se isentar desta situação é Marquinhos não entrar em campo nesta partida. Uma maneira covarde e antiprofissional, já que opta por fugir da responsabilidade e por descumprir aquilo para que ele foi contratado este ano – jogar futebol pelo Vitória. A outra maneira é entrar em campo e arrebentar com o jogo. Mesmo que isso custe o sucesso de seu próximo clube. Antes isso, do que dar argumentos aos críticos de que tenha feito corpo mole, de que ele não seja um bom profissional. Eu não queria estar na pele de Marquinhos, hoje.

 

Mentira! Eu adoraria estar em seu lugar. Jogar futebol como profissional era tudo o que eu queria na vida. E esta partida, eu jogaria como se fosse uma final, porque seria assim que eu jogaria todas as partidas da minha vida.

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